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Revista TecnoAlimentar

Conservas de peixe asseguram 21 espécies

A indústria de conservas de peixe está ciente do momento especial que vivemos devido à pandemia sanitária provocada pela Covid-19. Como em tempos passados, o setor mantém tendência de subida em períodos de crise, com crescimento de 288%. As conservas foram o produto que mais cresceu, ultrapassando o papel higiénico, os lenços e guardanapos e os produtos instantâneos.

Conservas de peixe

Além disso, reconhece que é seu «dever, mais do que produzir um alimento seguro e sem conservantes, contaminantes e com reforço da imunidade devido ao ómega3, garantir o abastecimento nos diferentes pontos de venda», destacou o presidente da Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP).

José Maria Freitas “tranquiliza” os portugueses e revela que até aumentaram «o número de colaboradores nalgumas linhas de produção, de forma a assegurar a quantidade e diversidade (21 espécies) a que todos estão habituados».

Por outro lado, a indústria «multiplicou os pedidos aos fornecedores, criámos planos de contingência e prevenção em todas as linhas de produção e privilegiámos o abastecimento dos mercados nacionais face aos mercados internacionais», de modo a que o pescado mais procurado para o fabrico das conservas «continue a ser abastecido às nossas fábricas sem constrangimento».

Do Norte ao Sul, aumentou-se os turnos para fazer face à subida do consumo e há até quem, em tempo de pandemia, esteja a contratar mais funcionários. A subida atingiu o pico na segunda semana de março (+288%), mas continua bem acima dos números do ano passado (+50%). A subida já se sentiu em fevereiro, acentuou-se na última semana do mês e, na segunda semana de março, atingiu-se o pico, com vendas cinco vezes superiores ao período homólogo de 2019. Nas últimas duas semanas, vendeu-se quase o dobro e, agora, estamos com o consumo uma vez e meia acima do habitual.

A situação, sublinha José Maria Freitas, não surpreendeu o setor, já habituado aos "picos" em época de crise. 

O atum representa, em Portugal, 80% das conservas consumidas. Segue-se a sardinha. Há ainda cavala, lulas, bacalhau, mexilhões, amêijoa, berbigão, anchovas e polvo, num total de 52 mil toneladas de pescado/ano.

FONTES: Jornal de Notícias e Vida Económica