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Revista TecnoAlimentar

Alimentos pré-cozinhados: controlo oficial efetuado pela ASAE

Sarogini Monteiro1,2, Anabela Galindro1,3, Raquel Mendes1,3, Margarida Carvalho1,3

1 Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE)

2 Divisão de Riscos Alimentares (DRA)

3 Laboratório de Segurança Alimentar (LSA)

RESUMO

Os alimentos pré-cozinhados são apreciados pela sua conveniência e facilidade de preparação, além de pouca ou nenhuma preparação. No presente artigo, procedeu-se a uma revisão dos perigos associados aos alimentos pré-cozinhados e realçou-se o controlo oficial que é efetuado a estes géneros alimentícios, sendo considerados para este efeito os alimentos que foram parcial ou totalmente preparados através de um processo térmico e posteriormente mantidos refrigerados ou congelados. Estes poderão requerer da parte do consumidor apenas um aquecimento ou a finalização da confeção. Os perigos físicos associados a estes alimentos podem ser de constituição diversa, como vidro, partículas metálicas ou pedaços de materiais plásticos, entre outros. De entre os perigos químicos mais comuns destacam-se os contaminantes, como metais pesados, micotoxinas ou resultantes do processamento alimentar tais como a acrilamida, bem como os aditivos alimentares e os alergénios. Quanto aos perigos biológicos, destacam-se as bactérias, suas toxinas e também vírus que podem provocar doenças através da ingestão de alimentos contaminados.A ASAE, no âmbito das suas competências ao nível do controlo oficial de géneros alimentícios, procede à colheita e análise de amostras deste tipo de alimentos que se encontrem disponíveis no mercado, contando com 71 amostras colhidas de 2021 a 2023 no Plano Nacional de Colheita de Amostras (PNCA), para pesquisa de perigos químicos, biológicos, deteção de práticas fraudulentas e controlo de rotulagem. Nestes últimos três anos, todas as amostras foram consideradas como conformes, face aos parâmetros analisados e à sua rotulagem, o que é demonstrativo do elevado nível de segurança que estes produtos apresentam, contudo importa realçar que a prevenção da contaminação é fundamental para a segurança alimentar.

INTRODUÇÃO

Os alimentos pré-cozinhados são apreciados pela sua conveniência e facilidade de preparação, além de pouca ou nenhuma preparação. Em geral, a confeção caseira de refeições “de raíz” demora mais tempo e pode exigir competências ou equipamentos nem sempre disponíveis em casa. Por outro lado, a durabilidade dos alimentos frescos é menor, o que obriga o consumidor a deslocar-se regularmente às compras, enquanto os pré-cozinhados podem ser conservados durante mais tempo, sendo uma alternativa prontamente disponível no frigorífico ou congelador para utilização num dia atarefado em que haja menos tempo e energia para cozinhar. Os alimentos pré-cozinhados, que procuram substituir refeições caseiras, ganharam assim aceitação dos consumidores influenciados também por mudanças no estilo de vida e na estrutura familiar da população. É expectável que as empresas continuem a apostar na inovação dos produtos, oferecendo opções mais saudáveis, saborosas, nutritivas, convenientes e produzidas de forma sustentável.

Para efeitos do presente artigo, iremos considerar como alimentos pré-cozinhados os produtos alimentares que foram parcial ou totalmente preparados através de um processo térmico e posteriormente mantidos refrigerados ou congelados. Estes poderão requerer da parte do consumidor apenas um aquecimento ou a finalização da confeção. Exemplos destes alimentos são refeições pré-cozinhadas congeladas ou refrigeradas como arroz de pato, bacalhau com natas, pizza, lasanha, salgados ou sopas.

Artigo publicado na edição n.º 40 da Revista TecnoAlimentar.

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