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Revista TecnoAlimentar

Queijo de São Jorge na Arábia Saudita em outubro

  • 12 setembro 2017, terça-feira
  • mercados

O queijo de São Jorge vai começar a ser exportado para a Arábia Saudita a partir do próximo mês de outubro, numa primeira fase a título experimental e depois, se este mercado for recetivo, de uma forma mais efetiva.

queijo

O envio do produto açoriano para aquele país do Médio Oriente é possível pelo facto da União de Cooperativas Agrícolas de Laticínios de São Jorge (Uniqueijo) ter conseguido obter a certificação do Instituto Halal, que atesta que o queijo de São Jorge pode ser consumido por muçulmanos.

O presidente da direção da Uniqueijo salienta que esse processo de certificação «foi até bastante fácil».

«Eles (comitiva árabe) vieram cá a São Jorge e gostaram muito do que viram», recorda António Aguiar, referindo-se à visita efetuada a unidades fabris, à observação de vacas a pastar livremente ao ar livre e à própria paisagem da ilha.

A expedição em outubro de algumas paletas com queijo de São Jorge - qualquer coisa como duas toneladas - pretende avaliar «como o mercado (saudita) vai reagir». Se reagir positivamente, a LactAçores, parceira da Uniqueijo para a área da comercialização, ficará responsável por «segurar contratos».

A Arábia Saudita é o maior país árabe da Ásia, sendo um mercado constituído por mais de 28 milhões de habitantes.

A possibilidade da União de Cooperativas Agrícolas de Laticínios de São Jorge exportar para este novo mercado ajuda a aumentar as vendas e a consolidar o setor cooperativo jorgense, que dá emprego a 160 pessoas, além de que contribui para escoar os stocks que tem.

A par da Arábia Saudita, há outros mercados interessados nos produtos da Uniqueijo e que estão em negociações com esta: é o caso de Moçambique, Finlândia e Rússia.

«Começam a abrir aqui novas portas que são interessantes e importantes porque tínhamos realmente um problema de escoamento de produto derivado do aumento da produção», diz.

Também o acordo de comércio livre entre a União Europeia e o Canadá (CETA) mantém a perspetiva de exportação para este país da América do Norte, embora aqui sujeita a quotas.

No mercado canadiano, «os nossos clientes queriam até comprar mais (queijo), só que não conseguem fazê-lo tendo em conta que estão limitados pela quota», frisa António Aguiar, dando a saber que a Uniqueijo - de um total de 2 mil e 800 toneladas de queijo que produz anualmente - canaliza 500 toneladas para a exportação, sendo que 100 toneladas são expedidas todos os anos para o Canadá e 200 para os EUA.

O Continente português e a Polónia são outros dos mercados potenciais.

Refira-se que o Governo Regional vai apoiar a Uniqueijo numa campanha para promover, a nível nacional, o queijo de São Jorge.

Fonte: Açoriano Oriental