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Revista TecnoAlimentar

Exigências dos supermercados incitam desperdício alimentar

  • 14 novembro 2016, segunda-feira
  • mercados

Perto de 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos são desperdiçados todos os anos, uma quantidade mais do que suficiente para alimentar os mil milhões de pessoas que sofrem de fome no mundo, destacou a Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO).

A energia despendida a produzir alimentos que acabam por ser desperdiçados é a terceira maior contribuição para as emissões globais de gases com efeito de estufa, a seguir às dos Estados Unidos e da China, segundo a FAO.

A organização citava dados de um relatório dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU durante uma conferência, em Genebra, sobre desperdício alimentar.

No encontro, especialistas da ONU e da sociedade civil defenderam que o problema exige mudanças decisivas na forma como os alimentos são vendidos.

Em muitos supermercados ocidentais, apenas nas zonas de alimentos biológicos é possível encontrar produtos de aspeto imperfeito – pepinos curvos ou laranjas com falhas na casca.

Segundo Sarah Oppenheimer, do grupo britânico Feedback Global, cadeias de supermercado de todo o mundo rejeitam produtos alimentares devido a “imperfeições cosméticas superficiais” e recorrem a práticas generalizadas como o corte da ponta dos feijões-verdes para caberem em pacotes impecáveis que implicam o desperdício de 20% do legume.

A especialista apelou por outro lado para um sistema padronizado de rotulagem, explicando que as etiquetas “data de validade” ou “consumir de preferência antes de” utilizadas pelos estabelecimentos são confusas e frequentemente sem qualquer relação com a real data de validade do produto.

Fonte: Açoriano Oriental