FacebookLinkedin

Revista TecnoAlimentar

Consumidores: mensagens enganosas sobre os lácteos

No Congresso Mundial de Lácteos da Federação Internacional de Lácteos (IDF) em Belfast, na passada semana, os líderes da indústria destacaram a importância de se comunicar efetivamente com os consumidores que procuram garantia da qualidade dos produtos lácteos.

O presidente da Dairy UK, Paul Vernon, destacou a necessidade de uma comunicação efetiva entre empresas de lácteos e os consumidores.

«O mundo e o setor de produtos lácteos mudaram massivamente nos últimos 30 anos e a maneira como nos comunicamos com os consumidores também mudou. Os lácteos são ‘superalimentos’ e precisamos de garantir que a mensagem seja ouvida claramente pelos consumidores que estão sob uma pressão constante de mensagens enganosas e mal informadas sobre produtos lácteos».

Os líderes da indústria estão a examinar os principais problemas que afetam o mundo dos produtos lácteos.

O líder da IDF, Jaap Evers, chamou a atenção para a proteína de «alta qualidade» que é encontrada em muitos produtos lácteos. «É imperativo que se transmita a mensagem aos consumidores de que os lácteos são parte integrante de uma dieta sustentável», disse.

«Nós não queremos chegar a um estágio em que os consumidores recebam a mensagem de que, do ponto de vista ambiental, há o ‘verde’, ou seja, a proteína boa, e a ‘vermelha’, ou seja, a proteína má, e que os lácteos são, de alguma forma uma proteína ‘vermelha», alertou.

A IDF publicou um Relatório sobre a Situação Mundial dos Lácteos em 2017, que revela a volatilidade no mercado como resultado das questões da oferta e da procura. A federação disse que o dinamismo nos mercados europeu e norte-americano está a fazer com que as perspetivas de recuperação e produção nos próximos meses ‘continuem boas’.

A Nova Zelândia continua a ser o maior exportador mundial de produtos lácteos com uma participação de 29% no mercado, seguido de perto pela UE, com 28%, e Estados Unidos, com 24%. A produção global de leite aumentou 0,9% em 2016 em comparação com as taxas de crescimento de 2% e mais nos últimos anos.

Fonte: MilkPoint