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Revista TecnoAlimentar

China impõe tarifas a 2 mil milhões de exportações agroalimentares americanas

O Departamento de Agricultura da Administração dos Estados Unidos estima que a imposição de tarifas sobre mais de uma centena de produtos americanos pela China tenha impacto sobre exportações agroalimentares no valor de dois mil milhões de dólares.

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Com China e Estados Unidos em clima de guerra comercial não declarada, Pequim suspendeu os compromissos de eliminação de barreiras assumidos no quadro da Organização Mundial do Comércio (OMC), e avançou com tarifas de até 25% sobre uma lista de 128 produtos agrícolas e metalúrgicos americanos.

As tarifas foram anunciadas esta segunda-feira pelo Ministério do Comércio chinês numa nota em que este referiu a necessidade de a China avançar com medidas de salvaguarda comercial depois de, a 8 de março, Washington ter imposto tarifas de 25% sobre importações de aço e de 10% sobre produtos de alumínio invocando motivos de segurança nacional.

As tarifas agora anunciadas pela China ainda não têm data de implementação.

Resultarão da suspensão de concessões bilaterais negociadas pela China e pelos Estados Unidos no âmbito da OMC.

A lista divulgada pelo Ministério do Comércio chinês inclui 128 itens, dos quais 120 produtos – fruta fresca, frutos secos, vinho, etanol, tubos de aço – aos quais será imposta uma tarifa de 15%.

É também agravada, para 25%, a tarifa de entrada no país para a carne de porco congelada e alumínio reciclado.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima que as novas tarifas – essencialmente sobre produtos agroalimentares – se apliquem a um volume de exportações americanas de dois mil milhões de dólares (mais de 1,6 mil milhões de euros).

A China era em 2015 o segundo principal destino de exportações agroalimentares dos Estados Unidos, a seguir ao Canadá, com quatro mil milhões de dólares de exportações.

Em 2012, ano recorde de vendas destes bens à China, foram exportados 25,9 mil milhões de dólares de produtos agrícolas americanos para o país.

Fonte: Lusa