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Revista TecnoAlimentar

Indústria 4.0 contempla Agroalimentar

Após vários meses de consultas, o Governo apresentou a estratégia para a Indústria 4.0, que reflete um conjunto de 60 medidas de iniciativa pública e privada que deverão ter impacto sobre mais de 50 000 empresas a operar em Portugal e, numa fase inicial, permitirão requalificar e formar mais de 20 000 trabalhadores em competências digitais.

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No âmbito das medidas Indústria 4.0, está previsto que serem injetados na economia até 4,5 mil milhões de euros de investimento nos próximos 4 anos.

A FIPA salienta, no seu site, que «teve um papel ativo na fase das audições e acompanhou todo o trabalho da CIP ao nível do Conselho Estratégico. Como resultado desta interação e da participação direta de várias empresas do setor, verifica-se que o agroalimentar merece destaque neste trabalho».

Para preparar as empresas portuguesas para a Industria 4.0, «o Governo trabalhou, desde abril de 2016, com mais de 200 entidades e empresas em grupos de trabalho para diferentes sectores, como a agroindústria (produção, transformação, transporte e armazenamento), o retalho (distribuição, comércio eletrónico, têxtil, calçado, etc.), turismo e automóvel (moldes, plásticos, maquinaria, robótica, eletrónica, etc.)», recorda a entidade.

Estes grupos, compostos pelas maiores empresas dos seus sectores, por PME e também por startups que dominam e estão a desenvolver soluções baseadas nas tecnologias características da quarta revolução industrial, têm facilitado o diálogo entre empresas, funcionários, associações, ciência e política e permitido a todos os agentes económicos ter uma compreensão uniforme do potencial da Indústria 4.0.

A missão destes grupos consistiu em produzir recomendações ambiciosas, mas realizáveis, para todos os envolvidos, com uma agenda adaptada às necessidades e ao potencial da nossa indústria.

Pela primeira vez empresas multinacionais como a Altice-PT, a Bosch, a Deloitte, a Google, a Huawei, a Microsoft, a Siemens ou a Volkswagen associaram-se ao Governo para delinear uma estratégia nacional para a indústria. Estas empresas integram o Comité Estratégico da iniciativa Indústria 4.0, juntamente com a Agência Nacional de Inovação, o Compete, a CIP, a Cotec, a GS1, o IAPMEI, o IPQ e o Turismo de Portugal, num total de mais de 15 entidades.

Para assegurar uma eficaz implementação destas medidas, foi assinado um protocolo entre o Ministério da Economia e a Cotec Portugal que prevê que a Cotec fique responsável pela monitorização das medidas e também pela sua atualização, já que as necessidades de atuação em contextos digitais mudam rapidamente.

A grande maioria das medidas que compõem a estratégia para a Indústria 4.0 visam a capacitação dos recursos humanos com uma forte aposta na formação desde tenra idade e ao longo de toda a vida, sendo tratada como prioritária a reconversão dos trabalhadores e a criação de novos empregos.

Fonte: FIPA