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Revista TecnoAlimentar

Copa-Cogeca apoia autorregulação para o setor de bebidas espirituosas

O Copa-Cogeca recebeu favoravelmente a informação da Comissão Europeia sobre a rotulagem obrigatória dos ingredientes e a declaração sobre elementos nutricionais das bebidas alcoólicas.

O grupo de trabalho “Bebidas espirituosas” reuniu para discutir, entre outras coisas, esta questão, e afirmou estar preocupado por ser a melhor forma de comunicar com os consumidores.

Na sua intervenção a partir de Bruxelas, o secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, declarou que foi com satisfação que receberam a publicação desta informação e pensam que a autorregulação é a melhor forma para promover a adequada comunicação e informação aos consumidores, enquanto se assegura que não se coloca em risco a viabilidade económica do sector.

O presidente do grupo de trabalho “Bebidas espirituosas” do Copa-Cogeca, Alexandre Imbert, afirmou que «é uma boa notícia que os produtores de bebidas alcoólicas vejam esta informação finalmente publicada», referindo que celebram em particular o facto de a Comissão confiar no setor para autorregular-se e encontrar a forma mais adequada de informar os consumidores.

É muito positivo trabalhar em torno de uma posição comum com todos os setores, mas o setor de bebidas espirituosas não deixa de ter certas especificidades que devem ser tidas em conta. Para os pequenos produtores, a rotulagem é a única ferramenta de comercialização que dispõem e é importante que se mantenha intacta.

Alexandre Imbert adianta ainda que podem ser aproveitadas outras fontes informativas para além da rotulagem, como a Internet, para facultar aos agricultores a adequada informação detalhada, considerando ainda a possibilidade de introduzir uma dimensão, já que a proposta de 100 ml não é realista e poderá induzir a erro os consumidores.

Do setor espera-se que proponha dentro de um ano uma aproximação harmonizada capaz de proporcionar aos consumidores a informação necessária sobre os ingredientes nutricionais presentes nas bebidas alcoólicas, assim como o valor nutricional das mesmas.

A proposta será avaliada pela Comissão e caso esta considere que o foco de autorregulação não é satisfatório, lança uma avaliação de impacto para rever outras opções disponíveis em linha dos princípios de uma melhor legislação.

Fonte: Agrodigital