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Revista TecnoAlimentar

Promover dietas saudáveis através de rótulos com sistema de cores

Uma rotulagem nutricional destacada na embalagem pode desempenhar um papel importanteno sentido de informar os consumidores sobre os teores de nutrientes e o valor energético global dos alimentos que ingerem, permitindo-lhes assim um consumo mais consciente.

Por ANCIPA – Associação Nacional de Comerciantes e Indústrias de Produtos Alimentares

rotulagem

Em 2005 a Nestlé e outras companhias eram pioneiras no iníciodo trabalho pela implementação de um esquema de Valores Diários de Referência monocromáticos.

Passados alguns anos, esta evolução na rotulagem já tem reflexos um pouco por toda a Europa, mas ainda há um longo caminho para a implementação de um esquema sólido de rotulagem nutricional que ajude os consumidores a fazerem escolhas alimentares mais equilibradas.

É igualmente importante garantir que um sistema de rotulagem codificado por cores e harmonizado ao nível da UE encoraje a oferta de porções mais pequenas.

Paralelamente à reformulação e à inovação, as porções mais pequenas (baseadas em porções credíveis) desempenham um papel fundamental para ajudar o consumidor a fazer escolhas mais saudáveis e devem, assim, ser reconhecidas como tal num esquema evoluído de rotulagem nutricional.

É neste sentido que as multinacionais Unilever, Mars, The Coca-Cola Company, Mondelez, Nestlé e Pepsico criaram um grupo de trabalho para estudar a integração de um código de cores na rotulagem nutricional dos produtos distribuídos Europa.

O objetivo passa por complementar o esquema atual de Doses de Referência (D.R.) implementado voluntariamente pela indústria.Os progressos neste domínio serão partilhados com as partes interessadas, assim como com outros intervenientes da indústria alimentar, retalhistas, ONGs e a Comissão Europeia, a fim de recolher os seus comentários e identificar uma solução credível e viável.

As multinacionais acima referidas estão empenhadas em acelerar o trabalho a nível Europeu para assim poderem integrar estes objetivos(codificação de cores e suporte a porções mais pequenas) no atual esquema de D.R.

No que se refere às porções mais pequenas,o estudo “Food4ME”, realizado em 2016, e financiado pela UE, mostrou que não obstante a probabilidade de consumo de um alimento e frequência desse consumo variar substancialmente na Europa, as porções que consumimos são muito semelhantes. Por exemplo, uma porção de pizza no Reino Unido é similar a uma porção em Itália.

A implementação na UE

Depois do Reino Unido e da Irlanda, surgiram recentemente as recomendações de codificação de cores de rotulagem nutricional simplificada lançadas pela França.

Em Portugal, a Direcção-Geral de Saúde tem-se debatido pela sensibilização da leitura nutricional como combate à obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, indissociavelmente associadas a escolhas alimentares.

A pensar nas necessidades do consumidor no momento da compra, o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde sugeriu um descodificador de rótulos, que consiste num cartão que pode ser facilmente transportado e consultado no momento de ir às compras.

A informação contida tem por base as recomendações do Departamento da Saúde/Ministério da Saúde do Reino Unido. Assim, o consumidor deverá comparar a informação constante no rótulo do alimento ou bebida por 100g ou 100ml, respetivamente, com a informação disponibilizada neste cartão (gordura, gordura saturada, açúcares e sal).

O desafio é que se opte por alimentos e bebidas com nutrientes maioritariamente na categoria verde. A moderação deverá recair naqueles com um ou mais nutrientes na categoria amarela e evitar aqueles com um ou mais nutrientes na categoria vermelha.

Nota: Este artigo foi publicado na edição n.º 11 da Revista TecnoAlimentar, no âmbito do dossier Rotulagem. 

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