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Revista TecnoAlimentar

Ganhos de eficiência dos sistemas de lubrificação automática: caso de sucesso na indústria de fertilizantes

Perante elevados níveis de contaminação e ruído de rolamentos nas máquinas de uma unidade de produção de fertilizantes, a equipa técnica da Juncor foi desafiada a estudar, projetar e implementar uma solução de lubrificação que permitisse proteger os equipamentos, reduzir os níveis de ruído, reduzir os tempos de paragem, reduzir os custos de manutenção e aumentar a rentabilidade das instalações.

PRINCIPAIS DESAFIOS

Uma fábrica de fertilizantes líquidos e sólidos deparava-se com o problema da penetração de poeiras de vários sulfatos, nitratos e sais diversos, em todas as fissuras, juntas e ligações. Tratavam-se de poeiras altamente corrosivas que, em contacto com os rolamentos, poderiam provocar avarias, falhas inesperadas e paragens não programadas, fazendo aumentar os custos de manutenção. A forma encontrada para impedir esta contaminação foi, literalmente, forrar os rolamentos com massa. No entanto, com a rotação, vibração e recorrendo apenas à lubrificação manual estas camadas de protecção revelaram-se ineficientes. Embora não existisse nenhum rolamento perto de gripar, o ruído metálico no transporte era de tal forma elevado, que tornava impossível de ouvir o funcionamento dos motores.

Por outro lado, a concepção dos equipamentos, nomeadamente a posição em que as chumaceiras estavam colocadas, dificultava o acesso em posição de muito difícil acesso para a lubrificação manual.

METODOLOGIA E SOLUÇÃO

Na primeira fase de análise da aplicação, os técnicos da Juncor depararam-se com um dilema: se, por um lado o dimensionamento realizado para os lubrificadores automáticos apontava para uma quantidade significativamente mais baixa de ubrificante face ao instalado, por outro a corrosão dos rolamentos por contaminação era significativa. A quantidade de massa doseada foi, então, aumentada em cerca de 45%, com um único objetivo: remover constantemente partículas de componentes da produção de dentro dos rolamentos e manter a linhas de lubrificação sem humidade e corrosão. Os resultados foram monitorizados um mês após a aplicação e revelaram redução de ruído, redução da temperatura dos motores e caixas redutoras.

Apesar de, nesta empresa, não dispormos de equipamentos para monitorizar o consumo de energia, dada a diferença de temperatura registada em alguns dos motores de maior consumo (com uma temperatura ambiente semelhante ao do dia da montagem), podemos estimar uma redução de consumo energético entre 1,5% e 2%.

Continue a ler este artigo na Revista Tecnoalimentar nr. 32.