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Revista TecnoAlimentar

Surto de salmonela ligado a produtos de chocolate

Um total de 150 casos de salmonela foi detetado em nove países europeus, indicaram esta terça-feira duas agências de supervisão europeias, responsabilizando uma “unidade de produção belga” dias após o encerramento da fábrica Kinder em Arlon, na Bélgica.

“A 8 de abril de 2022, 150 casos confirmados e prováveis de Salmonella Typhimurium monofásica foram identificados”, referiram a Autoridade Europeia de Segurança dos Alimentos (EFSA) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) num comunicado.

As duas agências “identificaram produtos à base de chocolate fabricados por uma empresa na sua unidade de produção belga como estando na origem do foco epidémico de salmonela”, prosseguiram, sem mencionar o nome da gigante italiana Ferrero, que fabrica os produtos Kinder.

As infeções “ocorreram principalmente em crianças com menos de dez anos” e foram detetadas em nove países europeus: Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Irlanda, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos e Suécia.

Segundo os especialistas europeus, mais investigações serão “necessárias para identificar a fonte exata e o momento preciso da contaminação” e para se debruçarem sobre “a utilização mais ampla de matérias-primas contaminadas noutras fábricas”.

A justiça belga abriu na segunda-feira um inquérito para apurar eventuais responsabilidade dentro da fábrica de Arlon. Na sexta-feira passada, a agência belga de segurança alimentar (AFSCA) tinha-lhe retirado a licença de produção, acusando-a de falta de transparência sobre um incidente ocorrido em meados de dezembro.

 Apesar de um reforço dos controlos e das medidas de higiene, produtos de chocolate contaminados foram distribuídos na Europa e nos Estados Unidos, levando a Ferrero a admitir na sexta-feira “falhas internas”.

Uma vez estabelecida a ligação entre produtos Kinder e os casos de salmonela no fim de março, na sequência de um alerta das autoridades britânicas, foram retirados lotes de produtos do mercado de vários países europeus e dos Estados Unidos.

Segundo a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), a informação recolhida indica que os lotes contaminados não vieram para Portugal.

Pode continuar a ler o artigo aqui.

Fonte: Sapo e European Food Safety Authority