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Revista TecnoAlimentar

Refrigerantes em Portugal: da produção ao consumo e os riscos associados - bibliografia

Por: Filipa Melo de Vasconcelos¹, Carlos Lopes¹,², Paulo Carmona¹,³, Sofia Lopes¹,³, César Oliveira¹,³

¹ Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE)

² Laboratório de Segurança Alimentar (LSA); Laboratório de Físico-Química (LFQ)

³ Divisão de Riscos Alimentares (DRA)

RESUMO

Este artigo aborda de forma abrangente o cenário dos refrigerantes em Portugal, percorrendo a cadeia de valor desde a produção até ao consumo e aos riscos associados. No presente artigo são apresentados dados económicos da indústria dos refrigerantes, sublinhando o peso significativo do setor agroalimentar, em particular no âmbito das bebidas não alcoólicas. Esta contextualização leva a uma análise ampla desta indústria de bebidas, identificando a concentração do setor com empresas detentoras de marcas proeminentes de refrigerantes e águas aromatizadas, onde a inovação e desenvolvimento são chave. São exploradas as definições de refrigerantes, nas suas diferentes tipologias, seus parâmetros legais e requisitos a cumprir ao nível da rotulagem. A responsabilidade ambiental e social indo ao encontro das preocupações de sustentabilidade de toda a fileira é aqui abordada, tal como a importância de adaptação a novas embalagens e inovação em materiais em contacto com géneros alimentícios que promovam uma maior circularidade da economia. Promove-se ainda, neste artigo, a uma análise aos potenciais perigos associados ao processo de fabrico, destacando os dados de elevada conformidade das inúmeras amostras de controlo oficial destes géneros alimentícios cuja totalidade das determinações analíticas controladas no Plano Nacional de Colheitas de Amostras (PNCA) são integralmente executados pela ASAE, através do Laboratório de Segurança Alimentar (LSA). Destaca-se ainda, a análise das tendências de consumo tendo presente os dados do Inquérito de Alimentação e Nutrição (IAN-AF2015-16) com os respetivos riscos resultantes face à exposição da população e as conclusões resultantes, incluindo as que resultam da parceria colaborativa entre indústria de refrigerantes, distribuição alimentar e Direção-Geral da Saúde (DGS). Destacam-se assim, significativos ganhos de saúde pública em resultado de uma abordagem tripartida que envolveu produtores, consumidores e formuladores de políticas públicas.

BIBLIOGRAFIA

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