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Revista TecnoAlimentar

Frulact admite duplicar faturação até 2020 e atingir os €200 milhões

A Frulact, maior produtora portuguesa de preparado de fruta para a indústria agroalimentar tem definido no plano estratégico atingir, em 2020, os 200 milhões de euros, duplicando a atual faturação.

frulact

João Miranda, presidente da empresa, salienta que «é para isso que estamos a trabalhar e vamos no bom caminho, mas isso exige muita organização». A empresa, cujo volume de negócios é atualmente de 110 milhões de euros está, decorrido que está metade do ano, a crescer a dois dígitos.

O presidente da Frulact imputa este crescimento ao bom comportamento dos mercados de Marrocos e da África do Sul cujos crescimentos se cifram em redor dos 20%.

«A Europa está ´flat´, mas ainda assim a Frulact está a crescer, mas nas nossas fábricas de Marrocos e da África do Sul as coisas estão a correr francamente bem, e estamos a crescer em ambos mais de 20%».

A partir de Marrocos onde a empresa concentrou a produção do norte de África, depois de ter vendido a operação da Argélia, a Frulact exporta para países como o Egipto, Líbia, Arábia Saudita, Jordânia.

Já a partir da unidade de produção de Pretória, na África do Sul, a empresa cobre o sul de África.

João Miranda diz que «estamos também na fase de entrar mais na África Central em países como o Quénia a Nigéria». João Miranda diz que «temos investido muito em África, quer a Norte, quer a Sul, a nossa curva de aprendizagem desde 1996 é muito intensa e conhecemos o mercado de forma muito consistente».

O presidente da Frulact não tem dúvidas em afirmar que «África é a nossa âncora e onde temos margens menos esmagadas que na Europa».

O mercado português representa cerca de 2,5% nas contas da Frulact.

Investimento de 15 milhões de euros no Canadá

A par da aposta em África, a Frulact vira agora baterias para o continente americano. Apesar de ter começado a pensar no mercado dos Estados Unidos, onde de resto, tem mesmo um terreno, a empresa virou baterias para o Canadá, devendo esta semana arrancar o investimento de 15 milhões de euros numa nova unidade industrial.

A nova fábrica deverá empregar 70 pessoas na fase de arranque.

João Miranda sublinha que «no inicio de 2017 devemos estar a produzir a partir do mercado do Canadá». O retorno do investimento «que no nosso caso por sermos uma empresa familiar não é a prioridade deve acontecer daqui a três anos».

Sobre o projeto adiado dos Estados Unidos, João Miranda diz que «iremos para os Estados Unidos quando estiverem reunidas as condições para o fazermos e quando a Frulact tiver estrutura financeira para o fazer». Para já, garante, o «objetivo é consolidar o Canadá». Até porque acrescenta o presidente da Frulact, «a nossa fábrica está muito perto da fronteira americana pelo que iremos atacar o mercado americano diretamente do Canadá».

É, alías a partir do Canadá, que o presidente da empresa com sede na Maia, diz que vai atacar mercados como o México e a Colômbia. João Miranda reconhece inclusive que andou a analisar este último mercado mas para já «a nossa aposta é consolidar».

João Miranda confidenciou ainda que tem olhado ao longo dos anos atentamente para o Brasil mas «as oportunidades têm-nos passado ao lado, porque apesar do mercado ter grande potencial de crescimento ainda não conseguimos reunir condições que consideramos vitais como estabilidade politica e económica e previsibilidade».

FONTE: Diário Económico