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Revista TecnoAlimentar

Entrevista a Renato Sousa Antunes «A nossa vontade inabalável de fazer sempre mais, sempre melhor, sempre diferente»

Texto: Carolina Mateus

Corria o ano de 1982 quando um jovem de quinze anos chamado Carlos Mendes Gonçalves decidiu, em conjunto com o seu pai (e homónimo) Carlos Gonçalves, criar uma fábrica na sua terra, a Golegã, para produzir vinagre. Como este não era um projeto qualquer, não começaram com um vinagre qualquer. Decidiram utilizar um subproduto da produção agrícola da região, neste caso o figo de Torres Novas. Este início, totalmente fora da caixa, definiu mais esta Casa do que ambos podiam imaginar naquela altura.

Nas palavras de Carlos Mendes Gonçalves: «O vinagre de figo surgiu da nossa vontade de fazer diferente, que está cravada no ADN da empresa desde o primeiro dia, aliada à vontade de aproveitar e reutilizar um subproduto da produção agrícola da região». A inovação e a originalidade fazem, assim, parte da nossa cultura e dos nossos valores e manifestam-se até aos dias de hoje».

Vinte anos depois dá-se um dos passos mais relevantes para a empresa que o mercado conhece atualmente, com a entrada na categoria dos molhos. Além deste marco, o relançamento da marca Paladin, há cerca de uma década, trouxe definitivamente para a ribalta a irreverência e inquietude intrínsecas.

O que define esta empresa é: «a nossa vontade inabalável de fazer sempre mais, sempre melhor, sempre diferente», quem o diz é Renato Sousa Antunes, Head of Marketing & International Markets, que, em entrevista à TecnoAlimentar, revela o que torna singular esta empresa, 100% portuguesa, que hoje em dia conta com 300 trabalhadores.

TECNOALIMENTAR: O que vos distingue de outras empresas do mesmo setor?

RENATO SOUSA ANTUNES: Todas as organizações, empresas e marcas têm o dever de procurar ocupar o seu próprio espaço neste “xadrez” que é o mercado. Mais do que estratégia, considero-o um imperativo bá - sico de boa gestão. Se o conseguimos encontrar e se nos conseguimos efetivamente posicionar como pretende - mos é outra questão, que depende de uma multiplicida - de de atores, de ações e de perceções. Na Casa Mendes Gonçalves trabalhamos para ser únicos. Acreditamos que, para isso, é necessário combinar diversos elementos distintivos. Em primeiro lugar, o facto de sermos especialistas na nossa área de atuação (criação de molhos, vinagres e condimentos) é obrigatório. Por outro lado, a nossa inquietude e flexibilidade intrínsecas, que se materializam na inovação e na criatividade que entregamos aos nossos clientes e consumidores. Além disso, o facto de pensarmos diferente, de procurarmos proactivamente soluções fora da caixa e de termos, por definição, uma abordagem tailor-made contribui bastante para aquilo que queremos ser no mercado. Se, por fim, combinarmos esses atributos com uma preocupação intrínseca e constante com a sustentabilidade para que consigamos tornar a nossa Casa (planeta) um lugar melhor do que o encontrámos, teremos sem dúvida uma proposta distintiva dos nossos concorrentes.

Continue a ler esta entrevista na Revista Tecnoalimentar nr. 32.