Azeite biológico português ganha mais de 50 prémios em quatro anos
Acushla exporta neste momento 90 por cento da sua produção. A Quinta do Prado é o berço deste azeite e uma das maiores áreas de olivicultura em modo de produção biológica de Portugal, com cerca de 70 mil oliveiras. Falcões, mochos, corujas e ovelhas ajudam agricultura biodinâmica da empresa, sedeada em Vila Flor. Nos últimos quatro anos, a marca ganhou, nos principais concursos de azeite internacionais, mais de 50 medalhas e distinções.
A paixão deu origem, em 2004, à primeira batida de coração, ou, na língua celta Acushla. E a visão de produzir um dos melhores azeites do mundo em total respeito pelo meio ambiente fez-se realidade em poucos anos. Da terra e das oliveiras transmontanas para os pratos de meio mundo, o Acushla é uma marca de azeite biológico português de Denominação de Origem Protegida (DOP) que, gota a gota, está a conquistar o palato dos mais reputados especialistas mundiais em eventos internacionais. Suíça, Itália, Japão, China, Estados Unidos da América, Reino Unido, Grécia, Israel, Argentina, Dubai, Brasil, França, Alemanha, Canadá, Espanha e Portugal já distinguiram o azeite virgem extra da insígnia, nos principais eventos de referência do setor.
Nos últimos quatro anos, a marca ganhou, nos principais concursos de azeite internacionais, mais de 50 medalhas e distinções (acima de 100 galardões em 15 anos). De ouro, acima de tudo, mas também de prata e bronze. Tudo graças às variedades de oliveiras autóctones de Trás-os-Montes e Alto Douro - cobrançosa, madural, verdeal e cordovil –, que cobrem os 300 hectares da Quinta do Prado, em Vila Flor. Em Portugal, são vários os restaurantes distinguidos com as reputadas estrelas Michelin a usar o azeite Acushla na preparação das suas ementas diárias.
«O lagar Acushla transformou no último ano cerca de 600 mil quilos de azeitona em 87 mil litros de azeite. Estamos a exportar neste momento 90% da nossa produção para França, Alemanha, Suíça, Polónia, Hungria, Croácia, Suécia, Inglaterra, Holanda, Canadá, Brasil e Estados Unidos da América, entre outros. Um dos nossos principais objetivos para este ano é o crescimento no mercado nacional, posicionando a marca nos restaurantes de referência e em lojas biológicas, sustentáveis e gourmet, de norte a sul do País», revela Joaquim Moreira, o empresário têxtil que fez do olival a sua paixão.
A Quinta do Prado é uma das maiores áreas de olivicultura de Portugal em modo de produção biológico, com 70 mil oliveiras plantadas numa só exploração.
Com um nível percentual de acidez de 0,1, o Acushla é um azeite biológico requintado, dedicado a um consumidor contemporâneo que procura padrões de excelência à mesa. Frutado e medianamente verde, é fresco e tem notas marcadas de casca de amêndoa verde, maçã, com notas de erva e giesta, além de ligeiramente amargo, picante e com um final de boca bastante persistente a frutos secos.
Primeiro lagar português com certificação FSSC 22000
Indicado para servir à mesa, mas também para a confeção de pratos com chancela gourmet, o azeite biológico virgem extra Acushla é muito recomendável do ponto de vista nutricional e medicinal, dado o elevado teor de polifenóis antioxidantes presentes, tão importantes na prevenção de doenças como o cancro, e outras. Resultado, afinal de contas, da preocupação ambiental distintiva e do rigor na transformação do azeite, em todas as fases da sua produção.
O lagar da Quinta do Prado é, sublinhe-se, o primeiro em Portugal com certificação FSSC 22000 (Food Safety System Certification), uma das mais rigorosas normas internacionais em segurança alimentar.
O crescimento do olival do Acushla dá-se no respeito absoluto pelos trâmites definidos pelo modo de produção biológica, previstos pela legislação europeia e americana do setor. O que obriga a diversos procedimentos, mais morosos e dispendiosos, designadamente à manutenção do fundo de fertilização dos solos e ao respeito por princípios fitossanitários e de fertilização.
A marca assumiu como objetivo para 2021 tornar a produção da Quinta do Prado completamente independente em termos energéticos. Apostou na energia solar, com a instalação painéis fotovoltaicos em 2016, e está a aumentar este ano a capacidade em 200%.
O que é que caixas-ninho e ovelhas têm a ver com azeite?
E é por tudo isto que, com uma visão holística da atividade e fiéis ao conceito de uma agricultura biodinâmica, as terras que fazem nascer o Acushla têm instaladas caixas-ninho para o mocho-galego, o falcão peneireiro-comum e a coruja-das-torres. Objetivo: controlar de uma forma sustentável as populações de micromamíferos, que por vezes destroem as condutas de rega e oliveiras nesta exploração.
Adicional e recentemente, a Quinta do Prado adquiriu perto de 200 ovelhas, a fim de fertilizarem os solos com as pastagens e ajudar a criar matéria orgânica para potenciar o valor da compostagem caseira. Economia circular e sustentabilidade integral são, percebe-se, temas muito caros à marca.
O projeto Acushla nasceu para inspirar pela qualidade, mas também pelo design único e diferenciador das embalagens, em diferentes configurações, que garantem a excelência do produto e o transformam igualmente em motivo de oferta.