Agência Europeia do Medicamento recomenda a redução do uso de colistina em animais
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) recomendou que os medicamentos que contenham colistina sejam apenas utilizados como tratamento de segunda linha nos animais e que as suas vendas sejam reduzidas ao mínimo em todos os Estados-membros da União Europeia (UE) para reduzir o risco de resistência aos antibióticos.
Bruxelas solicitou uma atualização do guia da EMA de 2013 em resposta ao facto de ter sido descoberto um novo mecanismo de resistência por parte das bactérias frente à colistina (causada pelo gene MCR-1).
Este gene pode-se transferir entre diferentes tipos de bactérias, causando potencialmente um rápido desenvolvimento da resistência.
O gene foi identificado pela primeira vez em bactérias (enterobacterias) no sul da China e desde então foi encontrado também na UE e outras regiões.
O Grupo de Peritos em Resistência Antimicrobiana (AMEG) sublinhou que a redução das vendas de colistina não deve ser compensada por um aumento de outros agentes antimicrobianos, deve sim ser conseguida através de outras medidas como a melhoria das condições de cria, a biossegurança e a vacinação dos animais.
Fonte: Reuters