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Revista TecnoAlimentar

A urgente pesca sustentável

Os oceanos enfrentam hoje em dia um sem número de ameaças. A pesca excessiva que tem vindo a ser realizada nos últimos anos está a deixar os oceanos cada vez com menos peixe.

A pressão tem sido tão elevada que muitas espécies estão presentes na lista vermelha da International Union for Conservation of Nature (IUCN), ou seja uma lista de espécies com o respetivo risco de extinção.

Entre as espécies mais ameaçadas a nível mundial encontram-se muitas com as quais estamos gastronomicamente familiarizados como o Atum-rabilho, Bacalhau do Atlântico, Linguado Europeu ou Peixe Espada Branco.

Além do problema gastronómico e ambiental, há a acrescentar uma outra dimensão: a vertente social. E se em Portugal a situação de muitos pescadores é bastante grave, em todo o mundo há mais de 58 milhões de pessoas a trabalhar neste setor, com 37% a dependerem totalmente deste rendimento, de acordo com o relatório da Food and Agriculture Organization (FAO).

Com as mil e uma maneiras de cozinhar o bacalhau em risco, as populares sardinhas assadas, típicas das festas de Lisboa, seguem pelo mesmo caminho, estando a sua captura em águas portuguesas condicionada por quotas anuais.

No outro lado do mundo, a situação desta espécie é igualmente preocupante, com o seu stock a diminuir 90% em oito anos no Oceano Pacífico, de acordo com a Organização Não Governamental The PEW Charitable Trusts.

Décadas de pesca insustentável, sem ter em consideração a renovação natural das espécies, conduziu-nos a uma situação limite que ameaça os nossos hábitos alimentares e o maior ecossistema do planeta.

Num contexto global ter os oceanos doentes, não é muito diferente que nós próprios estarmos também doentes. Cabe a cada um de nós optar pela sustentabilidade no nosso prato.

Saiba mais aqui.

Fonte: NoctulaChannel