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Revista TecnoAlimentar

MOBFOOD – O projeto mobilizador do setor agroalimentar nacional

O MOBFOOD é um projeto mobilizador do conhecimento científico e tecnológico que pretende dar resposta aos desafios do mercado agroalimentar, possibilitando a evolução científica e tecnológica nacional.

MOBFOOD

Por: Portugal Foods

De facto, os projetos mobilizadores definem-se como projetos estratégicos de inovação e desenvolvimento tecnológico com o propósito de desenvolver novos produtos, processos e/ou serviços em linha com o conhecimento científico, contribuindo para a dinamização da cadeia de valor.

José António Teixeira, representante do Líder Científico do Projeto, da Universidade do Minho (UM), refere que «diferentes projetos, incluindo outros projetos mobilizadores, já foram desenvolvidos para o setor, mas o MOBFOOD, quer pelo número de parceiros e pela sua relevância, quer pela ambição evidenciada, pode vir a ser um contributo extremamente importante para o desenvolvimento da indústria alimentar».

De salientar que o projeto envolve 43 promotores: 21 empresas de diferentes áreas do setor alimentar e 22 Entidades Não Empresariais do Sistema de I&I (ENESIIS), de Norte a Sul do país. Segundo Fátima Carvalho, representante do Líder Empresarial do Projeto, a Primor, «em conjunto, desafiamo-nos a alcançar desafios que apresentam como grandes pilares de atuação: segurança alimentar e sustentabilidade; alimentos seguros e qualidade e alimentação para a saúde e bem-estar. Estes pilares de atuação encontram-se alinhados com as mais recentes tendências europeias e mundiais para o desenvolvimento do setor agroalimentar».

Para José António Teixeira, a participação de 22 ENESIIS, as quais apresentam competências científicas complementares, garante uma abordagem completa das diferentes e fundamentais áreas de conhecimento para o desenvolvimento da indústria agroalimentar.

Com efeito, o MOBFOOD terá a capacidade de dar uma resposta eficiente aos desafios do setor, contribuindo para o progresso do conhecimento que levará ao desenvolvimento de novos produtos e processos. 

Aliás, o projeto intenta apresentar 40 inovações no processo e no produto. Referir, ainda, que a presença das empresas envolvidas permitiu identificar sinergias na abordagem e na resolução de certos desafios, que não eram evidentes, aquando o início do projeto. Segundo José António Teixeira, «a cooperação entre empresas e ENESIIS deve ser salientada e de certeza que irá contribuir para que sejam atingidos os objetivos do projeto em termos de novos processos e novos produtos. Contudo, o mais importante é o conhecimento mútuo gerado que se repercutirá no desenvolvimento do setor no médio e longo prazo».

Evidentemente que a construção de um projeto integrador, como resposta às incitações da indústria agroalimentar e dos promotores envolvidos, constituiu o primeiro desafio do MOBFOOD, de acordo com José António Teixeira. Para o resolver, o Líder Científico refere que, além de se identificar os principais pilares de atuação para o desenvolvimento do MOBFOOD, foi necessário definir os PPS (Produtos, Processos, Serviços) que iriam ser considerados.

Na sequência do referido pelo Líder Científico, esta fase de arranque permitiu estabelecer a estrutura do projeto e começar a avançar, após identificação dos responsáveis empresarial e científico de cada PPS. Todo o processo de desenvolvimento dos PPS envolveu várias sessões de trabalho para que, dentro de cada PPS, os objetivos e as atividades a desenvolver fossem estabelecidas de acordo com a estratégia definida para o MOBFOOD e o orçamento disponível.

Deste modo, para o consórcio do MOBFOOD foi sempre essencial apresentar objetivos que pudessem ser executados durante os três anos previstos para a sua execução. Apontar ainda que a colaboração entre os dois universos – tecido empresarial e ENESIIS – é um aspeto que tem evoluído nos últimos anos e não constituiu um impedimento à preparação do projeto, definição do plano de atividades e respetivos objetivos.

José António Teixeira indica que «deve ser salientado que este envolvimento foi facilitado pela presença da PortugalFoods como entidade dinamizadora do projeto e pelo historial de colaboração entre algumas das empresas participantes com as ENESIIS. Esta colaboração tem sido mantida e reforçada ao longo da execução do projeto. Neste sentido, a equipa de gestão garante o empenho dos representantes dos dois setores e a coordenação de cada PPS envolve um participante de cada setor».

PPS2: Resíduos e Utilização Eficiente de Recursos;

PPS3: Embalagens Sustentáveis;

PPS4: Nutrição, Saúde e Bem-Estar;

PPS5: Qualidade e Segurança Alimentar;

PPS6: Autenticidade e Rastreabilidade;

PPS7: Logística;

PPS8: Consumidor – Novas Tecnologias de Avaliação;

PPS9: Coordenação de Projeto, Promoção, Disseminação e Exploração de Resultados.

Continua

Nota: Artigo publicado originalmente na Tecnoalimentar 24.

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