Indústria Alimentar com um interesse crescente por Sistemas de Visão Artificial
As vendas totais da indústria europeia de visão artificial cresceram quase 10% em 2013, segundo um recente estudo de mercado da Associação Europeia VDMA. Neste sentido, as previsões de progressão para 2014 são ainda maiores, esperando-se que a faturação total cresça 12%. Perante uma maior eficiência desta tecnologia, a indústria alimentar vê aqui uma oportunidade. As empresas do setor estão a apostar em projetos de investigação e desenvolvimento de novos sistemas de inspeção, baseados em tecnologias de visão avançada, para o controlo da qualidade e segurança de processos produtivos, alimentos e embalagens.
Nesse mesmo artigo publicado no portal visionsystems.com acima mencionado, e onde é destacado o crescimento da visão artificial em vários setores, a previsão de crescimento na indústria alimentar é de 6%.
Indústria aposta no desenvolvimento de aplicações de visão avançada
No caso da indústria de alimentos e bebidas, está-se a experimentar um grande desenvolvimento nas aplicações de visão avançada para automatizar processos de inspeção e controlo de qualidade com o objetivo de reduzir defeitos, perdas e aumentar a qualidade, oferecendo produtos de menor custo de produção e com melhor qualidade do que a concorrência proveniente dos mercados emergentes.
Algumas das tarefas que se podem automatizar mediante inspeção avançada nos terrenos, nas matérias primas, no produto intermédio ou no produto final são:
– a integridade das embalagens
– a deteção de matérias estranhas
– a eliminação de produtos defeituosos
Neste sentido, um centro de desenvolvimento tecnológico espanhol (AINIA) está a desenvolver três protótipos demonstrativos baseados emtecnologias avançadas para controlo da qualidade e segurança de processos produtivos, alimentos e packaging.
O projeto FOODSCAN centra-se no desenvolvimento de um protótipo de imagem química em tempo real, um sistema de imagem térmica para supervisionar processos de embalamento e um sistema de visão infravermelha para detetar contaminantes e matérias estranhas.
Os protótipos que estão a ser desenvolvidos têm como objetivo poder fazer um controlo automático de produção em tempo real, analisando a totalidade da produção de qualquer empresa alimentar. A possibilidade de avaliar a partir detrês diferentes tecnologias permite ampliar o alcance das soluções possíveis relativamente a problemas complexos.
A imagem química permite determinar a composição dos produtos inspecionados. Por outro lado, a imagem térmica possibilita a supervisão de processos de embalamento para detetar qualquer defeito que afete a integridade da embalagem. Finalmente, o protótipo de visão infravermelha é usado para detetar matérias estranhas no produto ou na embalagem.
O FOODSCAN é um projeto de I&D estratégico do Centro Tecnológico espanhol AINIA.