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Revista TecnoAlimentar

Empresa holandesa visita UTAD para aumentar longevidade das saladas

maneira-correta-de-preparar-os-alimentos-1Uma das maiores empresas da Europa na produção de saladas e atual líder de mercado holandesa, a Vezet BV, escolheu o Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), para procurar soluções inovadoras para alguns problemas, incluindo uma das questões mais fulcrais da indústria: como aumentar a validade dos frutos e vegetais cortados, através de processos naturais, sem produtos químicos.

“Queremos garantir que o consumidor tem acesso a um produto fresco, com todos os benefícios e nutrientes, por mais tempo. Temos como objetivo melhorar, de forma contínua, a qualidade das nossas saladas e, para isso, temos de estar um passo à frente da produção”, explica um dos responsáveis do Departamento de Investigação e Desenvolvimento (I&D) da empresa, Francisco Gonçalves.

Os responsáveis da Vezet BV pretendem ainda que os investigadores apontem novos usos à água utilizada na lavagem dos produtos hortícolas e conhecer os estudos desenvolvidos pelo centro que poderão dar frutos na realidade empresarial, entre outros.

“É precisamente esta a postura do CITAB: desenvolver investigação aplicada, que dê resposta a problemas concretos da indústria e das empresas agroalimentares”, frisa o investigador Alfredo Aires. “Nesse sentido, poderemos fazer estudos de raiz para a Vezet BV, assim como assessoria técnica, que inclui, por exemplo, a definição dos tipos de embalagem e das condições de conservação ideais para cada produto”, acrescenta.

Para Francisco Gonçalves, o facto de o CITAB ter colaborado com dezenas de empresas nacionais e internacionais, nos últimos 4 anos, foi também determinante para a escolha “consensual” da empresa que o convidou a trocar Portugal pela Holanda, há cerca de três anos.

Recorde-se, por exemplo, que o centro de investigação e a UTAD são atualmente coordenadores do projeto Europeu “Eurolegume”, que tem como objetivo aumentar o consumo de leguminosas, do “INNOVFOOD”, focado na valorização de produtos regionais no sector agroalimentar, e do Doutoramento Internacional “AgriChains” que prevê estágios e dissertações que deem resposta a necessidades reais do mercado agrícola.

O programa da primeira deslocação dos representantes de I&D da empresa decorreu no passado dia 14 de junho e incluiu a visita aos laboratórios dos fitoquímicos da UTAD.

Pelas instalações da Vezet BV passam, todos os meses, cerca de seis mil toneladas de matéria-prima, entre pimento, alho francês, cenoura, pepino, rúcula, maçã, ananás e melão, num total de cerca de 200 produtos.
A maior parte da produção destina-se ao mercado holandês. A empresa importa a maior parte da matéria-prima de Espanha. No entanto, Francisco Gonçalves não descarta a possibilidade de a empresa vir a apostar em produtos portugueses.

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