Portugal participa em iniciativa para reduzir o desperdício alimentar
FOTO: PATRYCJA JADACH/ UNSPLASH
Christina Genet
Ao lado das organizações italianas e francesas, a Universidade Nova de Lisboa comprometeu-se a agir contra o desperdício alimentar no âmbito do projeto europeu COMBINE, que entra agora na fase de diagnóstico, com o objetivo de analisar os hábitos de consumo e adaptar a sua estratégia.
Enquanto 88 milhões de toneladas de comida são desperdiçadas todos os anos na União Europeia, o Projeto COMBINE pretende fazer a diferença. Coordenado pela International Food Waste Coalition (IFWC) e o European Food Information Council (EUFIC), a iniciativa reúne vários países europeus – Portugal, França, Itália e Finlândia – em torno de um objetivo comum: apoiar o compromisso da UE de reduzir em 30% o desperdício alimentar. Neste contexto, o projeto colabora de forma estreita com escolas, restaurantes e municípios.
Lançado em junho de 2024, o projeto entra agora na fase de diagnóstico. Esta etapa visa analisar os hábitos dos consumidores e identificar os grupos prioritários nos países participantes. “Para reduzir eficazmente o desperdício alimentar, precisamos de compreender por que motivo ele acontece”, sublinha Thomas Candeal, coordenador de projeto da IFWC, “[...] o desperdício ocorre em casa, na escola e no trabalho – e é nesses contextos que devemos concentrar a nossa atenção.”
Para isso, o projeto COMBINE recorre a várias ferramentas. Além de desenvolver intervenções educativas baseadas em métodos de análise social e comportamental, pretende utilizar o calculador de prevenção do desperdício alimentar desenvolvido pelo Centro Comum de Investigação da UE. A iniciativa pretende também apoiar-se em estudos de caso reais e nas estratégias de múltiplos atores, como ONG, empresas privadas e entidades públicas, com o objetivo de ilustrar este desafio com exemplos concretos.
Até ao verão de 2025, o programa, representado em Portugal pela Universidade Nova de Lisboa, deverá iniciar um primeiro conjunto de intervenções nos cinco países parceiros, antes da implementação completa até ao final do ano.
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