Estratégias para combater a má nutrição nos idosos
- 24 novembro 2025, segunda-feira
- Consumo

FOTOGRAFIA EATDE/ PIXABAY
Médica alerta para a importância de garantir uma boa nutrição nos idosos, sobretudo quando lidam com dificuldades de mastigação ou falta de apetite
De acordo com dados recentes do Instituto Nacional de Estatística e dos Censos 2021, quase 40% dos idosos com mais de 80 anos vivem sozinhos. No total, mais de meio milhão de portugueses com 65 ou mais anos vivem sós, um número que continua a aumentar de ano para ano. Além disso, a população idosa em Portugal cresce cerca de 2% ao ano, o que coloca o nosso país entre os mais envelhecidos da União Europeia.
O isolamento, a redução da atividade física e, muitas vezes, o menor apetite são fatores que, combinados, aumentam o risco de malnutrição, uma condição que muitas vezes passa despercebida. De acordo com especialistas em nutrição clínica, 1 em cada 3 idosos que vivem em casa pode estar em risco de malnutrição, valor que sobe ainda mais em contexto hospitalar ou institucional.
A Fortimel, marca da Danone Nutricia dedicada à gestão nutricional da malnutrição associada a doença, convidou a Médica Especialista em Medicina Geral e Familiar Margarida Graça Santos a explicar como reconhecer e combater esta condição. Segundo a médica, “muitos familiares associam a perda de apetite, o cansaço ou a perda de peso simplesmente à idade, quando, na verdade, podem ser sinais precoces de malnutrição”.
A malnutrição pode ter múltiplas causas, desde a falta de apetite e dificuldades em mastigar ou engolir, até à solidão e à redução dos rendimentos, que limitam a qualidade da alimentação. Esta condição aumenta o risco de internamentos prolongados, perda de autonomia, além de comprometer a recuperação de cirurgias e doenças sazonais, como as gripes e viroses típicas do inverno.
“Garantir uma boa nutrição é um dos pilares mais importantes para envelhecer com saúde”, esclarece a profissional de saúde. “Refeições pequenas, densas em energia e proteína, com cores e sabores apelativos, podem fazer toda a diferença. E, quando não são suficientes, o médico ou nutricionista pode recomendar a toma de suplementos nutricionais orais, alimentos para fins medicinais específicos para a gestão nutricional da malnutrição de forma a reforçar a ingestão de energia e nutrientes”.
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