Eficiência Energética no Setor Agroalimentar
Uma avaliação para o Norte Interior de Portugal.
Por: Manuel Feliciano, Filipe Rodrigues, Jose Alves Pereira e Fábio Reis

Resumo
O setor agroindustrial da região Norte Interior de Portugal foi objeto de um estudo de eficiência energética.
A metodologia envolveu a realização de inquéritos e auditorias numa amostra de empresas de cinco fileiras utilizadoras de frio - carnes, laticínios, vinhos, frutas e distribuição de produtos alimentares.
A informação e os dados recolhidos permitiram identificar e quantificar os principais processos de consumo em indústrias das diferentes fileiras e estimar indicadores energéticos usados em processos de benchmarking.
Os principais resultados mostram que existe uma margem considerável de melhoria do desempenho energético e de redução de custos neste setor, constituindo maioritariamente por indústrias de consumo não intensivo de energia.
Introdução
O uso eficiente de energia na indústria tem vindo a ganhar cada vez mais destaque a nível global, devido não apenas ao crescente aumento do seu custo, mas também ao impacto da emissão de gases de efeito de estufa.
Uma boa gestão de energia e um fator de competitividade importante é indispensável para um vasto número de empresas dos diferentes setores da economia, incluindo o setor agroindustrial, que é um dos pilares da economia nacional e um dos setores que mais pode beneficiar com a adoção de medidas de eficiência energética.
São vários os estudos, a nível mundial, que mostram o enorme potencial de redução de consumo de energia nas indústrias deste setor, quer através da adoção de estratégias de gestão adequadas, quer através da aplicação de ajustamentos aos processos existentes e/ou da substituição de equipamentos.
Nestes mesmos estudos são reportadas poupanças energéticas consideráveis (até 30%), em resultado de medidas de baixo custo ou de retorno rápido. Em Portugal têm surgido algumas iniciativas com o objetivo de informar as empresas do setor agroindustrial das oportunidades e das vantagens da eficiência energética e de as apoiar na busca de um melhor desempenho energético.
São exemplos relevantes o Plano Setorial de Melhoria da Eficiência Energética em PME - Setor agroalimentar (EFINERG), o projeto INOVENERGY – Eficiência Energética no Setor Agroalimentar - que contribuíram e continuarão a contribuir de forma indelével para consciencializar e informar os gestores e os demais intervenientes do setor relativamente a questões de energia nas agroindústrias.
Cumprir metas no que respeita à eficiência energética é uma necessidade absoluta.
Contudo, no atual contexto macroeconómico, as restrições orçamentais e as limitações no recurso ao financiamento implicam novas soluções na estruturação de projetos.
De forma a atingir estes objetivos e ultrapassar estas dificuldades, foram criados mecanismos de incentivo financeiro provenientes de fundos que disponibilizam verbas para programas de eficiência energética como são exemplo: o Fundo de Eficiência Energética – FEE; o Fundo de Apoio a Inovação - FAI; o Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica – PPEC.
(continua)
Nota: Artigo publicado na edição impressa da TecnoAlimentar 4.
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