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Revista TecnoAlimentar

UE deve aumentar produção de leite em mais de 1% em 2016

A maior oferta global de lácteos e os stocks privados acumulados deverão pesar no mercado e pode levar vários meses até que os preços do leite na União Europeia (UE) recuperem de forma significativa.

Entretanto, o pico de produção sazonal já passou e o volume produzido já começou a cair em junho, com impacto positivo nos preços.

Além disso, na Nova Zelândia e na Austrália, a produção de leite está menor que no ano passado (em respetivamente -1,6% e -1,2% até agora). Nos Estados Unidos a produção continua o seu crescimento, ao mesmo tempo que as margens não estão tão baixas como na Oceania ou na UE.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) espera, assim, um aumento de 1,9% na oferta em 2016.

Na UE, a produção de leite poderá crescer em mais de 1% em 2016 (acima de 2 milhões de toneladas). Tal deve-se ao forte aumento nos primeiros quatro meses do ano (+5,5%), que será seguido por uma desaceleração, provavelmente levando à produção na segunda metade do ano a ficar abaixo da do ano passado.

As reduções no preço do leite desde o início do ano, juntamente com um aumento nos preços dos alimentos animais, em especial o farelo de soja, pressionou mais as margens dos produtores. Alguns produtores começaram inclusivamente a abater mais vacas, de acordo com a Comissão Europeia.

Os dados disponíveis mostram uma redução na captação de leite comparado com o ano passado em França, Reino Unido, Espanha, Portugal, Eslováquia, Dinamarca e Irlanda.

Noutros Estados-membros, Holanda, Polônia e Itália, o aumento comparado com o ano passado caiu, mas permanece forte. Na Holanda, os produtores tentam aumentar a produção o máximo que podem, dado que até 1 de janeiro de 2017, precisarão cumprir a legislação que será votada em breve restringindo as emissões de fostato.

Na Hungria, Luxemburgo e Estônia, a captação de leite continua a aumentar em relação ao ano passado.

Fonte: MilkPoint