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Revista TecnoAlimentar

Rótulos nos Alimentos: o que valoriza o Consumidor?

200464106-001Noventa por cento dos consumidores leem as etiquetas dos alimentos no momento de compra. Cerca de 65% afirmam ler sempre e 25% dependendo do produto (primeira compra, produto novo, segundo a tipologia do alimento – lácteo, infantil, cárnico, produto preparado, etc.). Nos consumidores inquiridos que indicam que a sua laimentação está condicionada por algum fator (doença, alergias, dieta,…) o rótulo lê-se em 100% dos casos. Estes foram os resultados de um estudo elaborado pela Consumolab sobre a perceção que o consumidor tem relativamente à rotulagem de alimentos.

O estudo indica para além disso que a informação na que mais se fixam os consumidores é a data de validade ou “Consumir de Preferência”, os ingredientes e a informação nutricional. As informações menos procuradas são a do paíse de origem, fabricante ou os alergéneos. Contudo, este perfil altera-se com os consumidores cuja alimentação está condicionada por algum fator. Neste caso, 14% dos inquiridos coloam os alergéneos no 4º lugar de prioridades de leitura e informação.

Perceção das alterações na rotulagem de alimentos

Este estudo realizado pelo Consumolab, laboratório do Centro Tecnológico espanhol AINIA, foi realizado no país vizinho durante o mês de fevereiro a mais de 2.500 consumidores em toda a Espanha e em diversos segmentos de idade, conclui que 39% afirma ter notado nos últimos meses alterações nos rótulos, sobretudo no tipo de informação e na clareza com que é apresentada. Assim, 34% dos consumidores que reparam em alterações consideram que a informação nutricional está mais clara, enquanto que 32% consideram que leem melhor a informação e 31% que a informação de ingredientes alergéneos está mais destacada. Contudo, os outros 61% dos inquiridos reconhecem não ter reparado em alterações nos rótulos.

Conseguimos perceber os rótulos?

Segundo os inquiridos, os produtos que têm no rótulo uma informaçção mais clara são os lácteos (para 28% dos consumidores), padaria e pastelaria (18%), assim como os sumos e compotas (18%).

Em contraste, as bebidas refrescantes (23%), produtos dietéticos (20%), carne e peixe prescos (20%) são os de mais difícil compreensão.

Cerca de 60% afrima não conseguir ler bem a informação. Destes, 59% considera a letra muito pequena, 19% afirma que as letras estão muito juntas, enquanto que para 15% não se distingue a cor das letras.

Elementos relevantes no rótulo

Oitenta e dois por cento dos consumidores afirmam saber o que são alergéneos e 70% consideram que não estão bem identificados no rótulo. Contudo, para 86% dos inquiridos este é o elemento de menor importância da informação contida no rótulo.

Os ingredientes são o segundo elemento mais lido do rótulo e 38% dos consumidores inquiridos reconhece que não entende a lista dos ingredientes.

Cerca de 75% dos consumidores consideram que a origem dos produtos de alimentação não está claramente indicada no rótulo. Para 27% dos consumidores, em produtos como a carne e o peixo frescos a informação sobre o país de origem deveria estar claramente identificada.

Em relação à informação nutricional, as calorias (13%), os açúcares (12%), as gorduras saturadas (12%) e os hidratos de carbono (11%) são os elementos que os consumidores identificam mais. O sal fica-se pelos 8%.

Relativamente ao reconhecimento dos simbolos alimentares que aparecem nos rotulos, 94% dos consumidores reconhecem o logo “sem glúten” e 87% reconhece o “alimentos alérgenos”. Vinte e quatro por centos dos consumidores não sabem reconhecer os logos de “Ponto verde” e “Produto Biológico”.

Por último, 62% dos consumidores considera que o produto cumpre a informação indicada no rótulo e vêem satisfeitas as suas expectativas. Por outro lado, para 38% as expectativas não são correspondidas. As qualidades/benefícios do produto (publicidade do tipo “rico en”, “baixo em” ou “alto teor de”) e os aspetos sensoriais são os principais pontos a melhorar, com 60% e 38%, respetivamente.

Recomendações

Perante os resultados do relatório, é evidenciado que:

– Rotular não é algo banal: a informação do rótulo condiciona a ação de compra e as expectativas postas no produto para o consumidor.

– Colocar o consumidor no centro das atenções: as empresas deveriam perguntar aos sues clientes se entendem a informação contida nos rótulos dos seus produtos.

– Os rótulos claros, simples e limpos são elementos que favorecem a compra do produto.

Ler aqui.