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Revista TecnoAlimentar

Retalhistas mundiais investem em automatização dos armazéns

Os retalhistas com operação online enfrentam um desafio de difícil resolução: os consumidores querem um serviço de entrega de compras online rápido e eficiente mas não o querem pagar.

retalhistas

Esta é uma das principais conclusões de um estudo internacional da Capgemini que entrevistou quase três mil consumidores em cinco países da Europa e da América do Norte e 500 gestores de topo das principais empresas de distribuição de produtos alimentares e bens de consumo.

«Três em cada quatro compradores online em todo o mundo estão disponíveis para aumentar o volume das suas compras e experimentar novas ofertas dos lojistas que disponibilizem um serviço de entregas que corresponda às suas expectativas. No entanto, apenas 1% está disponível para assumir a totalidade dos eventuais custos inerentes a este serviço», lê-se nas conclusões do estudo intitulado “The Last-Mile Delivery Challenge : Giving retail and consumer product customers a superior delivery experience without hurting profitability”.

Uma das formas de dar resposta a este desafio pode passar pela automatização e mecanização dos espaços de armazenamento das lojas.

O Capgemini Research Institute aconselha os distribuidores a investir no ‘last-mile’ do serviço de entregas para garantir novas fontes de receita.

Aliás, 97% das empresas entrevistadas afirmou que, atualmente, os modelos de entrega no ‘last-mile’ não são iguais nas implementações em grande escala e em todo o lado e que os atuais portes grátis só se poderão manter caso seja possível diminuir os custos das entregas através da automatização.

«Apesar de as taxas de armazenamento e triagem dos produtos representarem mais de um terço dos custos da cadeia logística, a automatização oferece uma importante oportunidade de rentabilização. As empresas têm consciência disso: 89% das empresas já está a investir na mecanização e na automatização dos espaços de armazenamento das lojas, de forma a acelerar a gestão e a entrega das encomendas», sublinha o documento.

Por outro lado, segundo o estudo, 40% dos consumidores considera os serviços de entrega indispensáveis na aquisição de produtos alimentares e mercearia e, um em cada cinco, indica que muda de fornecedor caso este não disponha este serviço.

Além disso, 55% dos consumidores afirma que será mais fiel a um retalhista que ofereça um serviço de entregas no prazo máximo de duas horas.

Apesar disso, segundo o estudo, apenas 19% das empresas disponibiliza este serviço e os prazos de entrega de 59% das empresas são superiores a três dias.

Os clientes não estão satisfeitos com o modelo atual da distribuição e entrega no ‘last-mile’, reitera o estudo.

As principais razões para este descontentamento são, por esta ordem, preços elevados, inexistência de entregas no próprio dia e atrasos nas entregas. Como alternativa ao serviço de entrega dos distribuidores tradicionais, 65% dos consumidores diz recorrer a serviços alternativos, como o Google Express, Instacart e Ocado, para obter melhores condições nas entregas.

Fonte: Hipersuper