FacebookLinkedin

Revista TecnoAlimentar

Projeto ReFood chega a Coimbra em 2016

O projeto ReFood, que consiste na distribuição por famílias carenciadas de comida recolhida em restaurantes, vai estender-se a Coimbra a partir de fevereiro do próximo ano, anunciou quarta-feira o grupo promotor, constituído maioritariamente por estudantes.

"Pretendemos aproveitar as sobras dos restaurantes que, à partida, tinham como destino o lixo e fornece-las às pessoas que passam fome e têm necessidades diárias", explicou à agência Lusa David Castro, de 19 anos, um dos elementos da ReFood Coimbra.

O estudante de Direito, oriundo da Costa da Caparica, falava à Lusa à margem do encontro que decorreu quarta-feira à noite no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, para a apresentação pública à cidade e reunião de voluntários do projeto. Criado em 2011 em Lisboa pelo norte-americano Hunter Halder, que reside em Portugal há mais de duas décadas, sob o lema "Aproveitar para Alimentar", o programa ReFood ganhou dimensão nacional e estendeu-se a cidades como o Porto, Viana do Castelo ou Aveiro, entre outros locais. Arranque com 70 voluntários.

Segundo David Castro, Coimbra arrancou com um grupo de 70 voluntários, apelidados de pioneiros, a quem é pedido que doem duas horas do seu tempo para alimentar 10 pessoas, e será o 23.º núcleo a abrir em Portugal. "Nós viemos no seguimento de outro projeto [Missão Prato Cheio], que já estava a apoiar 100 pessoas em Coimbra, através de mais de 20 voluntários", adiantou o estudante, considerando que o ReFood vai tornar a ajuda "maior e muito melhor, com outras condições".

O número de parceiros e de voluntários será conhecido em fevereiro do próximo ano, quando arrancar o projeto, mas existem já manifestações de interesse por parte de dezenas de restaurantes, voluntários individuais, empresas de artes e instituições de solidariedade social. Para já, o grupo promotor está a tratar de toda a parte logística e burocrática, sendo que os beneficiários serão referenciados pela Segurança Social.

"O nosso objetivo é complementar as associações locais e ajudar pessoas que ainda não estão a ser ajudadas. Não queremos de maneira nenhuma substitui-las, mas sim combater dois males: a fome e o desperdício alimentar", disseram, por seu lado, as estudantes Marta Graça e Berta Cabral, do grupo promotor.

Ler aqui.