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Revista TecnoAlimentar

PortugalFoods apresenta as tendências de inovação para o setor agroalimentar em 2022

A pandemia continua a marcar as escolhas dos consumidores, que procuram marcas alimentares e de bebidas mais transparentes, comprometidas eticamente e que ofereçam experiências únicas. Gamificação e realidade virtual são tendências às quais as empresas do setor agroalimentar vão ter de dar resposta.

Com o avanço da vacinação e com o aligeirar das medidas de restrição, a página da pandemia parece estar prestes a ser virada. No entanto, este acontecimento excecional continua a moldar as tendências de consumo, com efeitos que irão continuar a repercutir-se no futuro.

A Covid-19, o seu impacto na economia e os movimentos locais e globais, fruto da pandemia, que ocorreram em 2020 e 2021, impactaram no comportamento, na atitude e nos valores dos consumidores. Atento a estas tendências, o setor Agroalimentar está a adaptar-se aos novos tempos, com a indústria a trabalhar naquelas que são as inovações que irão marcar os próximos anos.

A convite da PortugalFoods, entidade gestora do cluster do setor Agroalimentar português, a consultora internacional especializada Mintel apresentou ontem, em webinar, aquelas que vão ser as tendências de inovação a marcar 2022 e os anos vindouros.

O estudo 2022 Food & Drink Trends é elaborado com base em inquéritos realizados aos consumidores nos diversos mercados mundiais, assim como a partir da identificação das tendências de inovação lançadas por marcas alimentares mundiais, deixando pistas para o que vem aí (what’s next), no futuro próximo.

Para 2022, são identificadas três megatendências:

  1. Em controlo: Estes são tempos ainda incertos, com as ameaças da precariedade e insegurança financeira a manterem-se no horizonte. Para contrabalançarem estes sentimentos, os consumidores procuram, cada vez mais, uma sensação de controlo sobre os mais variados aspetos da sua vida.
    Numa época em que a desinformação impera e atenta contra a tomada de decisões conscientes e informadas, querem clareza, transparência, flexibilidade e alternativas de escolha que respondam às suas necessidades e circunstâncias individuais. Nesse sentido, as marcas alimentares devem ajudar os consumidores a tomarem decisões com confiança, que protejam a sua saúde e a saúde do planeta. A inovação e a criação de técnicas de rastreabilidade e de personalização dos produtos serão fundamentais para lançar o setor agroalimentar no futuro.

  1. Diversão em todo o lado: Depois dos confinamentos forçados, os consumidores estão ansiosos por sair e abraçar novas experiências, testar limites e explorar novas situações. Assim, as marcas alimentares têm de ir ao encontro dos seus anseios e disponibilizar produtos que ofereçam diversão e alegria, amplificando sabores, cores, texturas e aromas e que promovam interatividade com os alimentos e bebidas. A gamificação das marcas e a sua presença no metaverso serão cada vez mais habituais.

  2. Espaços Flexíveis: Também como reação aos longos períodos de tempo que, nos últimos dois anos, tiveram de passar fechados em casa, os consumidores querem explorar novos locais, pelo que as marcas alimentares e os serviços de restauração devem criar espaços multifuncionais e criativos onde as pessoas se possam relacionar, comprar e comer, presencialmente ou online.
    Com os consumidores a passarem mais tempo em casa, as marcas alimentares e a restauração vão ter de oferecer experiências diferentes para atrair os consumidores e levá-los a sair de casa.