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Revista TecnoAlimentar

«Portugal é um exemplo na segurança alimentar»

Texto e Foto: Ana Clara

Na sessão de abertura do 6.º Congresso da Indústria Portuguesa Agroalimentar, promovido pela FIPA - Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares, inovação foi a palavra mais pedida ao setor.

FIPA

Os desafios da internacionalização e os constrangimentos que ainda se colocam ao mercado interno foram algumas das questões que deram o mote a este evento que decorre durante todo o dia de hoje no Convento do Beato, em Lisboa.

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, marcou presença na sessão de abertura, relevando a «importância que este setor desempenha na coesão territorial» e destacando «o trabalho desenvolvido ao longo de três décadas».

Na vertente agrícola e agroalimentar, o ministério da Agricultura definiu três grandes objetivos: «manter o setor a crescer a um ritmo superior ao resto da economia, equilibrar a balança comercial do setor até 2020 e alavancar as exportações».

Para Capoulas Santos é fundamental «apostar na internacionalização e apostar em novos mercados». Além disso, «o diálogo construtivo com o setor agrícola» é também essencial.

Na mesma sessão, o presidente da FIPA, Jorge Tomás Henriques, referiu que «este é um momento de particular importância para o nosso tecido empresarial, diria mesmo, um momento único».

«No ano em que a FIPA celebra os seus 30 anos, estão aqui hoje os mais reputados empresários, gestores, parceiros e tantos outros especialistas. Queremos olhar o futuro com outra determinação, e temos de sobrepor a qualidade à quantidade», realçou.

«A FIPA é hoje a voz permanente e ativa do setor da indústria transformadora em Portugal, pautando a sua atividade pela aposta na competitividade, inovação e crescimento sustentável e participando ativamente nos eixos nacionais e internacionais», vincou Jorge Tomás Henriques.

«Portugal é um exemplo na segurança alimentar», disse, acrescentando que «neste difícil período (da Troika) focámo-nos nas oportunidades, nomeadamente apostando nas exportações e na defesa de uma distribuição mais equilibrada», adiantou o responsável da FIPA.

Também o presidente da CIP, António Saraiva, relembrou, na abertura deste Congresso, que «ao longo dos últimos anos, a indústria alimentar tem conseguido enfrentar os desafios e as dificuldades, tem aumentado o seu peso na economia nacional e ganho quotas nos mercados internacionais, com inovação, e aumentando dia a dia, o valor que cria».

Lembrou que «o desafio dos mercados globais e o desafio da inovação no quadro da revolução digital está a marcar este mercado».

António Saraiva realçou ainda que a revolução digital que está a acontecer também neste setor «terá de ser liderada pelas empresas».

Durante todo o dia irá discutir-se no Convento do Beato os seguintes temas: “a globalização e o papel da indústria alimentar na internacionalização da economia portuguesa”, “o novo consumidor e os novos desafios”, “a inovação industrial e o alimento” e “a transformação digital na cadeia de valor”.