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Revista TecnoAlimentar

Os dias em que o Queijo da Serra da Estrela é rei

As feiras do Queijo da Serra da Estrela estão à porta. A partir do final deste mês e durante todo o mês de março, as principais cidades e vilas da corda da Serra da Estrela acolhem, produtores e consumidores do tão apreciado queijo.

queijo

Deixamos aqui o calendário de feiras das próximas semanas na região.

22 a 24 fevereiro
40.ª Feira do Queijo da Serra da Estrela
Celorico da Beira

1 a 3 e 9 a 10 de março
Feira do Fumeiro, dos Sabores e do Artesanato do Nordeste da Beira
Trancoso

2 a 5 de março
Feira do Queijo
Seia

2 a 5 de março
Expoestrela
Manteigas

1 a 5 de março
ExpoSerra – Feira de Atividades Económicas da Serra da Estrela
Feira do Queijo no dia 3 de março
Gouveia

3 de março
6.ª Festa do Pastor de Aguiar da Beira
Mosteiro

16 e 17 de março
Festa do Queijo da Serra da Estrela
Oliveira do Hospital

16 e 17 de março
Feira do Queijo da Serra da Estrela
Fornos de Algodres

O Queijo da Serra da Estrela de Denominação de Origem Protegida (DOP) tem atualmente 40 queijarias certificadas e 210 produtores de leite, e a produção atingiu, em 2017, as 195 toneladas, com receitas estimadas em 3,5 milhões de euros.

Apesar de todos os constrangimentos à produção nos últimos anos devido aos incêndios e à seca que reduziram substancialmente os pastos assim como o número de animais, a produção tem-se mantido constante conseguindo satisfazer a procura.

A importância económica da fileira do queijo levou, recentemente, ao lançamento do Programa de Valorização da Fileira do Queijo da região Centro, projeto que envolve 14 entidades da região e um investimento total de 2,7 milhões de euros, sendo que a liderança está a cargo da InovCluster – Associação do Cluster Agroindustrial do Centro envolvendo ainda, entre outros, as quatro comunidades intermunicipais (Beira Baixa, Beiras e Serra da Estrela, Região de Coimbra e Viseu Dão Lafões), cinco associações do setor, dois institutos politécnicos (Castelo Branco e Viseu) e o Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior.

Segundo esta associação, ao nível da produção, a DOP Serra da Estrela representa 45 por cento da produção de queijo da região Centro. Assim, das 102 toneladas produzidas em 2012, passou para as 195 toneladas em 2017. Um aumento significativo que é bem ilustrativo da procura que este produto tem no mercado nacional e até internacional. Em termos financeiros, a estimativa para 2017, aponta para receitas na ordem dos 3,5 milhões de euros, tendo em conta que o valor do quilograma é de 18 euros.

“A DOP que possui maior número de produtores é a da Serra da Estrela, a qual representa 60 por cento do número total de produtores. Relativamente às queijarias certificadas, representa 82 por cento do total de queijarias da região Centro”, explica a presidente da InovCluster, Cláudia Domingues.

Já em relação ao número de queijarias certificadas, estão distribuídas por Trancoso (duas), Celorico da Beira (nove), Fornos de Algodres (dois), Gouveia (quatro), Seia (12), Oliveira do Hospital (três), Nelas (três), Mangualde (dois) e Penalva (três).

Quanto aos produtores de leite, Trancoso tem seis; Celorico da Beira 29; Fornos de Algodres 10; Gouveia 48; Seia 39; Oliveira do Hospital 27; Nelas 11; Mangualde 29; Penalva oito e Tábua três. A área geográfica de produção do Queijo Serra da Estrela DOP abrange os concelhos de Carregal do Sal, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo, Seia, Aguiar da Beira, Arganil, Covilhã, Guarda, Tábua, Tondela, Trancoso e Viseu, nos distritos de Viseu, Coimbra, Guarda e Castelo Branco.

Segundo Cláudia Domingues, é expectável que o investimento no âmbito do Programa de Valorização da Fileira do Queijo da região Centro irá contribuir para alavancar investimentos privados de 11,6 milhões de euros em 2022, após o decurso de 24 meses de implementação do projeto.

«Esta é uma meta ambiciosa que pressupõe que por cada euro de investimento público efetuado sejam realizados investimentos privados de 4,16 euros», concluiu aquela responsável.

O Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro, que se iniciou em 1 de janeiro, envolve um investimento total de 2,7 milhões de euros, sendo que 2,3 milhões correspondem ao Programa de Valorização da Fileira do Queijo da região Centro, financiado em 85 por cento pelo Centro 2020, e 428 mil euros que dizem respeito à iniciativa Rota Turística e Gastronómica Queijos da Região Centro, financiada em 65 por cento através do Valorizar.

Produção DOP atingiu 436 toneladas em 2017

A produção de queijos de Denominação de Origem Protegida (DOP) na região Centro atingiu as 436 toneladas em 2017.

Os últimos dados disponíveis reportam-se a 2017, ano em que o Queijo Serra da Estrela DOP atingiu uma produção de 195 toneladas, contra as 115 toneladas do Queijo Amarelo da Beira Baixa DOP, os 67 mil quilos de Queijo de Castelo Branco DOP, os 50 mil quilos do Queijo Picante da Beira Baixa DOP e os 10 mil quilos do Queijo Rabaçal DOP.

A DOP que possui maior número de produtores é a da Serra da Estrela, a qual representa 60 por cento do número total de produtores, seguindo-se a DOP Beira Baixa, com 34 por cento, e a DOP Rabaçal, com 6 por cento dos produtores.

Já em relação às queijarias certificadas, a DOP Serra da Estrela, com 40 queijarias, representa 82 por cento do total da região Centro, enquanto a DOP Beira Baixa representa 10 por cento (cinco queijarias) e a DOP Rabaçal 8 por cento (quatro queijarias).

Fonte: Jornal do Fundão