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Revista TecnoAlimentar

Nutrigreen: «a nossa bandeira é inovar, desenvolver novos produtos, gamas e conceitos»

Lídia Santos, Business Development Director da Nutrigreen, explica, nesta entrevista, qual o posicionamento da empresa que atua na área da transformação de frutas, em sumos, purés e derivados.

nutrigreen

Entrevista: Ana Clara

Fotos: Nutrigreen

TecnoAlimentar: Fale-me um pouco da história da empresa e da sua atividade em Portugal, que conta já com mais de uma década?

Lídia Santos: A Nutrigreen foi constituída em 2007 e iniciou a sua atividade em 2009, na vertente de transformação de frutas, em sumos, purés e derivados. A empresa tem uma equipa jovem, dinâmica e irreverente, com larga experiência em Trading de frutas e vegetais a nível mundial, tendo sido pioneira na área da transformação agroindustrial, nomeadamente na IV Gama e produtos embalados em atmosferas controladas, sopas e saladas. Em 2016 a Nutrigreen foi adquirida por um novo acionista, com um grande impute adicional em termos de capital. O que originou a uma mudança de proprietário e parcialmente uma nova equipa de gestão que surgiu com o objetivo de assegurar o êxito do projeto a longo prazo. Apesar das alterações internas, a cultura da empresa continua a ter a fruta e os vegetais com paixão e dedicação tal como um enólogo ou artesão.

TA: Na área da IV Gama que tipo de processos desenvolve e com que produtos trabalham?

LS: A Nutrigreen é uma empresa agroalimentar dedicada à transformação de frutas e vegetais IV Gama e produtos conexos associando todo o know-how de uma equipa experiente nas novas tecnologias alimentares.

TA: Como são e se processam as vossas unidades e linhas de produção?

LS: Atualmente o grupo Nutrigreen é constituído por duas empresas: a Nutrigreen SA e a Nutrigreen II Salads. Todas as nossas linhas de produção foram concebidas especificamente para os nossos tipos de produtos (Taylor made). Este modelo, associado à frescura da nossa matéria prima, permite colocar no mercado produtos com uma qualidade e sabor jamais alcançados neste setor. Selecionamos rigorosamente as nossas matérias primas, fazemos acompanhamento no campo aos produtores, analisamos desde as variedades, o estado de maturação e o Brixº, dos mesmos, permitindo manter um blend igual e fresco durante todo o ano.

TA: Qual a capacidade de processamento instalada para as frutas e saladas, por exemplo?

LS: Nas várias linhas de produção temos uma grande capacidade instalada ao nível médio de 15 toneladas hora.

Fruta em barra

TA: A fruta em barra é outro produto que vos distingue. Qual é a marca distintiva do produto e a que mercados se destina?

LS: A fruta em barra foi um produto que já ganhou muitos prémios mundiais. É um produto feito 100% com um puré de fruta agregado com uma alga vegetal, e tem pedaços de fruta fresca, muito vocacionado como sendo um snack saudável, para todo o mercado europeu. Foi um projeto piloto que se iniciou mas que ainda não teve o seu desenvolvimento a nível de produção nem linha. Neste momento está em standby, uma vez que optamos por dar prioridade a outras áreas de negócio.

TA: Fale-me um pouco de outra área, como é o caso das papas para bebés.

LS: São purés de fruta fresca, feitos através de fruta, sem adição de açúcares nem conservantes, com um rigorosíssimo controlo no que trata a fruta para bebés. Temos a vertente convencional e a baby food, como o próprio nome indica é feito segundo todas as exigências e normas europeias de forma a poder ter o “claime Baby Food”.

TA: Estão sedeados em Torres Novas. Porquê esta zona e que unidades aqui estão?

LS: A Nutrigreen está implantada em Torres Novas no nó da A1 com a A23, região escolhida pelas características de proximidade de zonas de produção (Ribatejo, Oeste e Beiras) e pela localização privilegiada a nível de distribuição e logística. Está estrategicamente junto das centrais de compras, no eixo da auto-estrada A1, e muito próximo de Espanha.

TA: Quantos trabalhadores aqui laboram?

LS: Neste momento temos cerca de 100 funcionários, mas como em todos os setores existem sempre alguns picos de produção onde recorremos a trabalhadores temporários.

TA: A empregabilidade tem sido uma das vossas apostas?

LS: Fazemos uma grande aposta na área dos RH, quer a nível de pessoas qualificadas, quer a nível de quadros superiores. Um dos grandes objetivos da Nutrigreen é conseguir ter equipas de trabalho experientes e tecnologicamente reforçadas.

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Economia local

TA: Faz toda a diferença para a economia local?

LS: Logicamente que faz uma grande diferença na economia local, não só em relação aos postos de trabalho diretos como indiretos, assim como a colaboração com algumas universidades e, agroclusters entre outros, na qual também existem parcerias no sentido de formação.

TA: A segurança e inovação alimentares são fulcrais nesta área da IV Gama, como em tantas outras. Quais são as prerrogativas máximas da Nutrigreen nesta área?

LS: As principais prerrogativas da Nutrigreen são: a aposta em produtos alimentares inovadores, preservando as suas características naturais e aderindo à modalidade “pick and - go”; o desenvolvimento de processos que recorram a técnicas 100% naturais; as atividades de investigação e desenvolvimento tecnológico (I&DT); o grande foco nas ações de formação de qualidade e certificações, temos implementada a metodologia HACCP e somos certificados em BRC e Halal.

TA: Fale-me da distribuição e dos mercados onde atuam? Qual é o peso do nacional e da internacionalização da empresa?

LS: Neste momento o mercado nacional representa 90% das nossas vendas e 10% exportação. O nosso objetivo, neste momento, é reverter a balança comercial.

(Continua)

Nota: Esta entrevista foi publicada na edição n.º 12 da Revista TecnoAlimentar, no âmbito do dossier Indústria de IV Gama.

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