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Revista TecnoAlimentar

Madeira: governo espera investimentos de 100 milhões de € no Setor das Pescas

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse hoje, em Machico, que poderão ser investidos 100 milhões de euros no setor das pescas na Madeira até 2020, entre fundos comunitários e investimentos privados.

Assunção Cristas, que falava aos jornalistas no final de uma visita a três instalações ligadas à produção e acondicionamento de pescado, salientou que o novo quadro comunitário de apoio 2014/2020 disponibilizou três vezes mais verbas para o setor na região autónoma, num total de 28 milhões de euros.

Somando este valor à previsão de investimento privado, a ministra chegou à verba final de 100 milhões de euros para o setor ao nível do arquipélago.
"É muito dinheiro para ser bem aproveitado pelo setor público e privado", vincou, sublinhando a qualidade das instalações que visitou ao longo do dia.
Assunção Cristas esteve no Centro de Maricultura da Calheta (zona oeste da ilha), depois visitou a empresa de processamento e embalagem de pescado "Ilha Peixe", em Santa Cruz (zona leste) e, por fim, deslocou-se de barco aos viveiros de dourada, na Baía de Abra, no concelho de Machico, também na zona leste.
"Estes bons exemplos que quisemos testemunhar em concreto são, de alguma forma, um farol para que outros passam também prosseguir, entusiasmar-se e criar cada vez mais uma lógica de fileira, de cadeia de valor", declarou, reforçando que "isto que nós vemos é algo que tem de acontecer no nosso país muito mais, de acordo com as disponibilidades de cada região e com as apetências físicas".

Na Madeira, o caso mais bem-sucedido ao nível da piscicultura é o da dourada, que se apresenta com melhor qualidade da oriunda do Mediterrâneo. Estão também a ser feitas experiências com o pargo e o sargo, sendo que no total das três espécies são produzidas cerca de 500 toneladas/ano.
O objetivo das autoridades regionais é duplicar a produção, sobretudo de dourada, que movimenta atualmente 2 milhões de euros por ano.
Em termos gerais do setor, o atum é a espécie mais significativa, representando 2 mil toneladas e 5 milhões de euros, dados de 2015, que, no entanto, revelam uma redução de 35% das capturas em relação ao ano anterior.
Por outro lado, a empresa Ilha Peixe, que representa 70% do mercado regional, movimenta 17 milhões de euros por ano.
Assunção Cristas considerou que o exemplo da Madeira pode ser aplicado noutros pontos do país, realçando que "a nossa ambição é podermos ter aquilo que já está provado que funciona bem e continuar a trabalhar na sua valorização."

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