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Revista TecnoAlimentar

Luís Simões: Logística alimentar em situações de emergência

O operador recebeu a certificação IFS no seu centro de Guadalajara pelas suas boas práticas na distribuição de produtos alimentares. Para além disso, ficou classificado no Top 10 do Prémio de Sustentabilidade da Nestlé.

luis simoes

A logística de bens essenciais é fundamental para garantir o abastecimento de supermercados e lojas, mais ainda durante a pandemia da Covid-19. Os operadores e produtores tiveram de reformular os seus processos e adaptá-los às novas circunstâncias, com o objetivo de poder satisfazer a elevada procura com as máximas garantias de segurança e proteção.

Graças ao seu bom desempenho nesta vertente, a Luís Simões, operador logístico de referência na Península Ibérica, foi reconhecida com a certificação IFS Logistic (sistema que certifica a segurança dos alimentos nas atividades de transporte e logística, tanto em meios de transporte como na armazenagem) no seu Centro de Operações Logísticas (COL) de Guadalajara. Este feito permitiu ao operador posicionar-se como um player preferencial em tempos de pandemia nas áreas de logística e transporte de produtos alimentares.Este foi o primeiro centro da Luís Simões em Espanha a receber a acreditação IFS Logistic, juntando-se aos centros nacionais do Carregado e da Azambuja.

Situado no Polígono Puerta Centro – Ciudad del Transporte, tem uma dimensão de 89 000m2, capacidade para 178 000 paletes e uma movimentação diária de 112 camiões de entrada e 174 camiões de saída. Para além disso, dispõe de 5350 m2 dedicados a operações de co-packing/e-commerce e câmaras de temperatura controlada, o que lhe permite dar apoio a diferentes perfis de produtos e clientes.

«No início da pandemia, notámos um crescimento na procura de produtos de determinados setores, como o alimentar, em comparação com anos anteriores. O mesmo tem acontecido com o e-commerce. Tudo isto obrigou-nos a repensar as nossas soluções e a procurar novas opções para dar resposta ao que o mercado estava a pedir e a necessitar», explica Vítor Enes, diretor geral de business development da Luís Simões.Para isso, foi necessária a criação de novas fórmulas logísticas ajustadas às características específicas da situação, nomeadamente o aumento dos protocolos de segurança e as alterações nas cadeias de produção de muitos fabricantes.

Foi ainda necessário fortalecer o compromisso com a sustentabilidade, o que implicou investir em tecnologias mais limpas.Com este objetivo, a Luís Simões adquiriu três novas câmaras frigoríficas industriais com baixo impacto ambiental e sem emissões de gases de efeito de estufa, num investimento total aproximado de 1,5 milhões de euros. As câmaras estão localizadas nos centros de Vila Nova de Gaia e Guadalajara, com capacidade para 4300 e 10 800 paletes, respetivamente.

Esta evolução e compromisso com uma nova logística alimentar também permitiram à empresa competir pelo prémio de Sustentabilidade da Nestlé e ficar classificada no Top 10.

O novo futuro da logística alimentar

A pandemia de Covid-19 transformou as rotinas de distribuição e logística do setor alimentar. Estes são os cinco aspetos cruciais que a Luís Simões destaca para poder garantir a normal distribuição em situações de emergência:

  • Segurança e proteção das pessoas. Os operadores logísticos devem implementar um Protocolo de Atuação especial que garanta a máxima proteção das equipas e das restantes pessoas que participam na cadeia de distribuição. Limitar o acesso aos centros, facilitar o trabalho remoto, a realização de testes e a criação de kits de proteção contra a COVID-19 foram algumas das medidas implementadas pela Luís Simões nos últimos meses, o que impediu cadeias de transmissão dentro da empresa.
  • Formação das equipas. Todos os colaboradores devem ter consciência dos novos protocolos e medidas implementadas para melhorar a eficácia das operações. Isto engloba informação básica sobre como cumprir as garantias de segurança, até informação sobre como proceder em caso de contratempos. Por exemplo, a Luís Simões realizou simulações para preparar as equipas para possíveis incidentes de rotura de frio.
  • Modelo colaborativo. O trabalho conjunto do binómio operador-cliente é fundamental para conseguir cadeias de abastecimento eficientes e rentáveis. Trata-se de criar modelos logísticos adaptados à situação particular de cada caso e que, ao mesmo tempo, encontrem sinergias com outras operações localizadas nas mesmas instalações logísticas, permitindo a eficiência da operação, a otimização de recursos e a sustentabilidade de todos os players da supply chain.
  • Monitorização do ambiente e flexibilidade. A análise contínua da evolução da situação e das medidas anunciadas (como as alterações legislativas ou dos protocolos de segurança) é essencial para poder desenvolver uma logística adaptada e capaz de dar resposta às novas necessidades. Por parte dos operadores, devem ser concebidos processos de trabalho flexíveis, preparados para poder implementar mudanças rapidamente, sem prejudicar o nível do serviço.
  • Gestão de tempos. A gestão eficaz dos tempos permitirá alcançar a maior produtividade na atividade logística. Para tal, os tempos de espera ou de carga e descarga, bem como os tempos de trânsito, devem ser cumpridos e até reduzidos.

«2020 tornou mais evidente do que nunca que a atividade logística é fundamental para o bem-estar da sociedade. Apesar das dificuldades que vivemos, graças aos esforços de todas as nossas equipas e à estreita colaboração com os nossos clientes, conseguimos manter a eficiência das operações e o abastecimento de supermercados e do canal e-Commerce», conclui Vítor Enes.

Sobre a Luís Simões:

A Luís Simões é um operador logístico de referência, líder no mercado de fluxos rodoviários entre os dois países ibéricos. Gere uma frota de 2100 viaturas (próprias e subcontratadas), e conta com mais de 2500 colaboradores. Presta serviços integrados de logística em toda a Península Ibérica, em mais de 25 armazéns que superam os 400 000m² de capacidade instalada em 10 regiões diferentes da Península Ibérica. A LS iniciou atividade em Loures, em 1948, e está no mercado espanhol há mais de 30 anos.