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Revista TecnoAlimentar

“Lacticínios das Marinhas” apostam em identidade própria

As empresas são o motor da indústria dos laticínios. Portugal tem um setor que sempre impulsionou o consumo e animou a produção. Porque são elas uma parte importante da cadeia, a TecnoAlimentar contactou várias empresas para darem o exemplo. Damos-lhe a conhecer a “Lacticínios das Marinhas”, com sede na freguesia das Marinhas, concelho de Esposende.

Texto: Ana Clara

Foto: Lacticínios das Marinhas

marinhas

Os “Lacticínios das Marinhas” começaram a sua atividade em Portugal em 1954. Apesar «da resistência às tentações da suposta modernidade, recusando cair na banalização industrial», apresentam produtos com «características e identidade próprias e foram a primeira empresa de laticínios a ser certificada em Segurança Alimentar», avança fonte da empresa à TecnoAlimentar.

Na empresa tudo se faz «como antigamente, sem pressas, trabalhando cerca de 6.000 litros de leite da região, por dia, de segunda à quinta-feira», que é fornecido pela LEICAR – Cooperativa de Produtores em Rates, Póvoa de Varzim.

A empresa fabrica seis tipos de queijo:

- O queijo Marinhas - um queijo prato fabricado com leite semi-desnatado pasteurizado, com um teor de matéria gorda entre 12 a 14%, sem corantes nem conservantes e sem revestimento externo – a casca é comestível porque é o próprio queijo. Está em contínuo processo de cura pelo que facilmente ganha bolor que pode ser retirado com um pano húmido ou lavando;

- O queijo Marinhas Mini – um queijo prato, fabricado com leite semi-desnatado pasteurizado, com um teor de matéria gorda entre 12 a 14%, sem corantes nem conservantes, com uma textura mais macia, com um peso aproximado de 550 gramas, com revestimento externo não comestível;

- O queijo Marinhas Amanteigado – um queijo prato, tipo serra, fabricado com leite de vaca, com um teor de matéria gorda de mais de 30%, sem corantes, nem conservantes, com uma textura amanteigada, com revestimento externo não comestível;

- O queijo Cávado – um queijo bola, tipo flamengo, sem corantes nem conservantes e com um revestimento externo não comestível de cor vermelha;

- O queijo Ofir – um queijo barra, tipo flamengo, sem corantes nem conservantes e com um revestimento externo não comestível de cor branca;

- O queijo Cremoso – um queijo fundido, fabricado a partir do queijo Marinhas, com um teor de matéria gorda entre 5 e 10%, embalado em bisnaga.

«A manteiga Marinhas, feita a partir da nata pura que se obtém da desnatação do leite para o fabrico do queijo magro, é fabricada na mesma máquina desde o início da empresa, continua a ser embalada em papel e em 2008 foi considerada pela revista Wallpaper como uma das melhores do mundo», informa a mesma fonte.

Os produtos são considerados artesanais, «pela sua forma de fabrico e embalagem e é também importante o facto de não terem conservantes nem corantes».

Focados no mercado nacional, tem hoje mais expressão na zona Norte.

No que respeita à internacionalização «é muito difícil devido por uma lado ao facto de serem produtos sem conservantes e com um curto prazo de validade e por outro lado às quantidades pequenas que dificultam e encarecem imenso o transporte em frio», considera os “Lacticínios das Marinhas”.

Quanto à maior dificuldade do setor, para a empresa «continua a ser o posicionamento das empresas que, a montante, têm que lidar com uma produção necessitada de preços altos de leite e uma concentração demasiado grande num único operador e, a jusante, as grandes cadeias de distribuição que atualmente vivem das promoções».

«O maior desafio é conseguirmos manter o nosso posicionamento pela diferenciação e qualidade e tradição daquilo que produzimos», consideram.

(Continua)

Aceda ao artigo na íntegra na edição n.º 9 da edição impressa da Revista TecnoAlimentar, integrado num dossier dedicado à temática dos Laticínios.

Solicite a edição ou a assinatura através do seguinte email: marketing@tecnoalimentar.pt.

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