FacebookLinkedin

Revista TecnoAlimentar

Exportações e importações portuguesas registam queda brupta de 40%

As exportações e as importações portuguesas afundaram em torno de 40% em maio pelo segundo mês consecutivo, refletindo os efeitos da pandemia nas trocas comerciais internacionais.

Exportações

As quebras registadas em maio, tanto nas exportações como nas importações, abrangeram tanto o comércio dentro da União Europeia como fora do bloco regional e foram transversais a todas as categorias de produtos. o que respeita às vendas para o exterior, destacam-se, ainda assim, os decréscimos no material de transporte (-54,0%, principalmente para Espanha e Alemanha) e de fornecimentos industriais (-33,5%, principalmente para Espanha).

Nas importações o destaque vai para as diminuições de material de transporte (-66,6%, proveniente principalmente de França), de Combustíveis e lubrificantes (-78,7%), justificado sobretudo pelo encerramento das refinarias nacionais, e de Fornecimentos industriais (-32,6%, proveniente sobretudo de Espanha).

Em relação ao mês anterior, as quebras nas trocas de bens com o exterior abrandaram face à evolução registada em abril, com as exportações a descerem 14,4% e as importações a diminuírem 5,2%, após o colapso de 33,7% e 32,5% observado em abril face a março. Com estas descidas em maio, o défice da balança comercial atingiu 908 milhões de euros, o que representa uma diminuição do défice de 722 milhões de euros face ao mesmo mês de 2019.

Tendo em conta os principais países de destino em 2019, nas exportações registaram-se quedas para todos os principais parceiros, destacando-se a diminuição para Espanha (-41,2%), sobretudo devido aos decréscimos das exportações de Fornecimentos industriais, Bens de consumo e Material de transporte. Nas importações destaca-se igualmente o decréscimo de Espanha (-31,3%), principalmente de Fornecimentos industriais.

Só a China registou um aumento (5,1%), devido aos bens de consumo, essencialmente pela importação de material de proteção individual (maioritariamente máscaras).

FONTE: Jornal de Negócios