Estudo TGTG Sobre Comportamento dos Europeus face ao Desperdício Alimentar
O estudo foi realizado em reconhecimento do Dia Internacional da consciencialização sobre perdas e desperdício alimentar, estabelecido pela ONU a 29 de setembro de 2020.
O estudo global, realizado pela YouGov e encomendado pela empresa de impacto positivo Too Good To Go, contou com mais de 17.824 inquiridos distribuídos por 12 dos 16 países em que a aplicação está presente (Europa, EUA e Canadá) e revelou que, apesar de grande maioria das pessoas estar ciente da importância do combate ao desperdício alimentar em casa, uma grande percentagem continua a desperdiçar. Uma realidade preocupante quando os últimos números do desperdício alimentar revelam, inclusive, um aumento na quantidade de desperdício alimentar produzido a nível global.
“Waste Warriors - Um por todos e todos pelo planeta”, foi o apelo que a Too Good To Go começou por fazer logo no início do mês de setembro, com o lançamento do filme de sensibilização - Waste Warriors - uma mensagem que ganha agora ainda mais relevância à luz dos dados deste estudo realizado pela empresa.
Este inquérito foi feito a vários lares, um pouco por todo o mundo, para entender o nível de consciência das pessoas face à importância da redução do desperdício de alimentos, como forma crucial e imediata para combater as alterações climáticas. A Too Good To Go tentou depois apurar porque razão aqueles que estão conscientes desta correlação continuam, ainda assim, a desperdiçar comida diariamente.
Entre os países onde o estudo foi realizado estão, Espanha, Holanda, Itália, Portugal, Dinamarca, Polónia, Suécia, França, E.U.A, Suíça, Áustria, Alemanha, Reino Unido, Bélgica e Noruega.
Dos países inquiridos, apenas 37% dos entrevistados, que afirmaram saber que reduzir o desperdício de alimentos é uma das formas mais eficientes para combater as alterações climáticas, responderam que não desperdiçam nenhum alimento. Do total, 55% confessa que ainda desperdiça algum tipo de alimento. A principal razão? Segundo as respostas apuradas, 22% dos inquiridos acredita que as quantidades são tão reduzidas que não vale a pena evitar o seu desperdício.
Em Portugal, 41% dos inquiridos afirma não desperdiçar comida e globalmente, 35% dos inquiridos respondeu que não desperdiça comida. Já 72% dos inquiridos portugueses afirma estar ciente que a solução #1 para combater as alterações climáticas é a redução do desperdício alimentar. As famílias portuguesas com crianças até aos 6 meses, representam o grupo que mais desperdiça alimentos - apenas 8% responderam que não desperdiçam.
A Too Good To Go, trabalha com pequeno e grande retalho, restauração, hotelaria, assim como produtores e distribuidores de alimentos em todo o mundo, fornecendo-lhes uma ferramenta que é uma solução simples e escalável, para resolver um problema real e global. Através da aplicação, qualquer tipo de negócio da área alimentar, independentemente da sua dimensão, pode canalizar o seu excedente alimentar para um novo marketplace, que mundialmente já conta com quase 45 milhões de utilizadores (900 mil em Portugal). Utilizadores que têm a oportunidade de salvar esse excedente, a preços reduzidos, e evitar o seu desperdício. Uma comunidade de consumidores com especial interesse e vontade em adotar novos comportamentos de consumo, mais conscientes e com menos impacto no ambiente.A marca que desde o início se revelou muito ativa na educação e sensibilização para a importância do combate ao desperdício alimentar, providenciando iniciativas e outras soluções (para além da App) motivando os seus parceiros e restante comunidade a ter, também eles, um papel mais participativo. A Too Good To Go pretende agora dar luz e despertar a atenção para os últimos dados do Project Drawdown que revelam que reduzir o desperdício de alimentos é a solução mais simples e impactante que podemos colocar em prática para combater as alterações climáticas.
Com o desperdício de alimentos a ser responsável pela emissão de já 10% de todos os gases GEE, todas as quantidades de alimentos que podemos salvar, contam, por mais reduzidas que sejam.
Água, solo e eletricidade, são inúmeros os recursos necessários para produzir comida suficiente para alimentar milhares de milhões de pessoas. Ainda assim, em todo o mundo, e segundo dados recentes do estudo da WWF & Tesco de 2021, já desperdiçamos 2.5 mil milhões de toneladas de comida por ano. Isto significa que mais de ⅓ da comida mundial é desperdiçada. Só em Portugal são desperdiçados cerca de 1 milhão de toneladas de alimentos por ano. O impacto ambiental é portanto muito maior do que deveria ser. Ao combater o desperdício alimentar, podemos reduzir a procura global por alimentos, utilizando assim menos recursos e reduzindo as emissões globais de gases com efeito de estufa.
O impacto desta redução seria tão significativo que a organização Project Drawdown rotulou a redução do desperdício alimentar como a ação número um que os indivíduos podem levar a cabo para combater as alterações climáticas (Project Drawdown, 2020). Para mantermos o nosso planeta abaixo de um aumento da temperatura global de 2ºC até 2100, teremos que reduzir o desperdício alimentar em 50% até 2050.
Quando os resíduos alimentares são enviados para decompor em aterros, esse processo de decomposição emite metano, um GEE 10 vezes mais prejudicial do que o CO2. No entanto, quando cortamos a quantidade de metano que estamos a emitir, este extrai-se da atmosfera em questão de décadas, em vez de centenas de anos, como acontece com o CO2, o que significa que reduzir o desperdício de alimentos é crucial para conseguirmos desacelerar o aquecimento global.