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Revista TecnoAlimentar

Estudo de adesão ao padrão alimentar mediterrânico

O PNPAS (Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde) conduziu um estudo em setembro de 2020 com o objetivo de avaliar os conhecimentos da população portuguesa sobre a dieta mediterrânica, bem como a adesão a este padrão alimentar.

Dieta Mediterrânea

Os resultados apresentados resultam de um desenho de estudo observacional, com uma amostra constituída por indivíduos com mais de 16 anos, residentes em lares com telefone nas regiões NUTS II: Norte, Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve. A recolha de dados (1000 inquiridos) foi realizada durante o período de 1 a 17 de setembro.

Relativamente à notoriedade da dieta mediterrânica, 62% dos inquiridos dizem já ter ouvido falar em Dieta Mediterrânica e destes, 80% dizem saber o que é a dieta mediterrânica. Deste modo, 50% dos inquiridos efetivamente conhecem a dieta mediterrânica. Comparando os resultados deste estudo com os dados disponíveis para 2013, não se verificaram diferenças na percentagem de pessoas que conhece a dieta mediterrânica.

Quando se questionou acerca das principais características da dieta mediterrânica, a “confeção de alimentos com azeite” (77%), o “consumo elevado de fruta e hortícolas frescos” (68%) e um “maior consumo de peixe do que de carne” (41%) foram as características mais frequentemente referidas pelos inquiridos.

Em 2020, 26% da população portuguesa apresenta uma elevada adesão à dieta mediterrânica. Assim, a maioria dos portugueses não segue este padrão alimentar protetor da saúde. Quando se analisam os alimentos onde a percentagem de inadequação do consumo (consumo em quantidade inferior às recomendações) é superior, podem ser destacados as leguminosas (69% com um consumo de leguminosas inferior a 3 vezes por semana), os hortícolas (52% com um consumo inferior a 2 porções por dia), a fruta (61% com um consumo inferior a 3 porções por dia) e os frutos secos oleaginosos (61% com um consumo inferior a 3 porções por semana).

A adesão ao padrão alimentar mediterrânico cresceu 15% desde 2016. A percentagem de elevada à adesão à dieta mediterrânica é superior no grupo dos inquiridos que conhece a dieta mediterrânica (34%). Porém, 24% dos inquiridos que não conhecem a dieta mediterrânica aderem a este padrão alimentar.

A maioria dos inquiridos (53-76%) referiu que não apresenta nenhum obstáculo ao consumo dos alimentos que predominam na dieta mediterrânica e uma percentagem relevante (17-31%) dos inquiridos refere já consumir quantidades adequadas destes alimentos. Porém são identificados alguns obstáculos destes alimentos. Para os hortícolas, sopa e leguminosas, “o não gostar do sabor” e as dificuldades em os cozinhar de forma a obter refeições saborosas e apreço pelos elementos da família, surgem com os principais obstáculos. Para as leguminosas, a perceção de que estes alimentos “engordam” também foi apontado como um obstáculo.

Saiba mais sobre o estudo.