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Revista TecnoAlimentar

Estados Unidos avançam com mais taxas alfandegárias sobre os produtos europeus

Vinhos, queijos e alguns têxteis portugueses são abrangidos pela lista de produtos europeus que serão visados pelas novas taxas. Nos últimos tempos, a situação tem afetado as exportações portuguesas, tendo sido já abordada pela ministra da Agricultura.

Queijos

Depois de agravarem as tarifas sobre bens europeus em retaliação aos apoios públicos ilegais concedidos pela Europa à construtora aeronáutica Airbus, os Estados Unidos preparam-se, agora, para avançar com novas taxas aduaneiras.

A lista de produtos afetados elaborada pelo Gabinete do Representante Comercial dos Estados Unidos inclui desde bens alimentares, como queijo e leite ou iogurte, passando por bebidas alcoólicas, como cerveja ou gin, até veículos pesados ou aviões. Segundo a agência Bloomberg, só em relação à Alemanha, França, Espanha e Reino Unido, as tarifas adicionais afetam as exportações num valor estimado de 2744 milhões de euros. 

Exportações portuguesas afetadas 

Portugal é um dos países apanhado na disputa comercial que se está a prolongar e agravar. Além dos queijos, são visados, por exemplo, o leite pasteurizado e o leite em pó, os iogurtes, a manteiga, os vinhos, os espumantes, os licores, o café torrado, as laranjas, os limões, os mexilhões, pêssego ou peras em lata, a carne de porco, as salsichas de porco, biscoitos, alguns produtos têxteis, facas e livros.

O Governo Regional dos Açores diz estar, desde maio de 2019, a tentar resolver o problema com o Governo da República. A principal preocupação da região são os queijos e os produtos lácteos exportados para os EUA.

Durante a 42.ª reunião da Comissão Bilateral Permanente entre Portugal e os Estados Unidos, que decorreu em Lisboa, Vasco Cordeiro, presidente do Governo Regional dos Açores, defendeu a criação de medidas excecionais para isentar os produtos lácteos da região das taxas aduaneiras adicionais aplicadas pelo governo norte-americano.

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, também já entrou em contacto com o governo norte-americano para saber o que será possível acordar.