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Revista TecnoAlimentar

Desbloqueada abertura da China às exportações portuguesas de suínos

  • 10 fevereiro 2017, sexta-feira
  • mercados

O ministro da agricultura, Luís Capoulas Santos, disse que foi desbloqueada a abertura do mercado de exportação de suínos para a China, salvaguardando apenas faltarem algumas questões administrativas.

«O facto de termos conseguido desbloquear a abertura do mercado para a China é um marco muito importante», disse o ministro Capoulas Santos.

«Acabámos de abrir para a carne de porco, num processo que foi muito difícil, por diversas circunstâncias, temos agora três produtos da fruticultura que estão na nossa linha de prioridades, mas queremos resolver um problema de cada vez. O porco está resolvido, vamos agora pegar noutros produtos de acordo com aquilo que são as nossas prioridades», vincou o governante.

O ministro lembrou que quando chegou ao Governo «o processo estava pendente», depois de uma missão chinesa ter-se deslocado Portugal e «não ter gostado do que tinha visto». «Aparentemente essa visita não tinha sido bem preparada e as autoridades veterinárias chinesas tinham dado um parecer negativo», contou.

Capoulas Santos contou que foi então «necessário renegociar, apresentando argumentos, tentando desmontar as insuficiências que tinham sido detectadas». «Demorou cerca de um ano para contornar esse problema», afirmou.

O ministro destacou também que acabaram de abrir outros novos mercados para Portugal, como o Peru, Colômbia e Índia, na sequência da visita do primeiro-ministro àquele país. «Estamos a trabalhar para a abertura de outros mercados asiáticos, como a Coreia e o Vietname. Estamos a exportar para o Japão», disse.

No que diz respeito ao mercado do México, Capoulas Santos lembrou que «existe um pequeno problema», afirmando que tem condições para a abertura, «simplesmente as autoridades mexicanas têm colocado algumas exigências que são difíceis de satisfazer», como a existência de fiscais mexicanos nas operações de exportação a partir de Portugal.

«Não é possível para cada partida ter oficiais mexicanos. As autoridades portuguesas no contexto da União Europeia são aquelas que maiores requisitos cumprem, pelo que isso é uma posição inaceitável para nós, mas continuamos a negociar e estou certo de que será mais um problema que no momento próprio não deixará de ser ultrapassado», disse.

Fonte: Lusa