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Revista TecnoAlimentar

AICEP lança a plataforma Portugal Exporta

exporta

A AICEP lançou a 15 de abril, o portal para as exportadoras Portugal Exporta, um portal que será muito mais abrangente. Pensado para evoluir em várias fases, irá ter também uma área para os investidores.

É com recurso a mecanismos de inteligência artificial que a AICEP está a construir uma plataforma dedicada aos exportadores, e que mais tarde irá evoluir também para os potenciais investidores estrangeiros.

A plataforma Portugal Exporta insere-se no projeto da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) de digitalização, que apontava para um investimento, a três anos, de 1 milhão de euros.

Mas como explicou, num encontro com jornalistas, o presidente da Agência, por via de candidaturas que a AICEP fez ao programa de modernização da administração conseguiu mais dinheiro para o projeto.

«Permitiu-nos alavancar mais investimento», explica, assumindo satisfação pelo facto de todos as candidaturas feitas pela AICEP terem sido aprovadas.

João Dias, administrador da AICEP, explica que esta plataforma «é a casa digital que estamos a construir».

Nesta primeira fase, vai abrir ao público a «divisão» de exportação, para os exportadores, havendo uma área pública onde estarão as caracterizações dos mercados - com estatísticas - e uma privada.

A área privada, acessível para os clientes da AICEP (são cerca de 15 mil empresas), é um gestor de cliente virtual, através do qual é indicado às empresas eventuais oportunidades de negócios, dando notícias costumizadas do setor de atividade no qual estão inseridas.

Nesta fase vai estar disponível apenas para o setor do calçado, mas com o tempo a AICEP vai alargar a todas as indústrias, seguindo-se os têxteis-lar, o mobiliário e iluminação, o vinho, o vestuário, entre outros.

Cada setor terá empresas a testar o mecanismo. Tudo é feito com base em inteligência artificial, para que os resultados mostrados às empresas seja o mais perto das suas necessidades. «Muitas vezes não conseguimos acompanhar tudo o que faz a empresa, e aqui haverá um 'tracking' de todo o processo», realça João Dias.

Este é o primeiro projeto, devendo em julho abrir outra "divisão" a pensar nas exportações em ambiente de comércio eletrónico.

Em novembro, será lançado o que já é conhecido como o "tinder" da AICEP, que é um módulo nesta plataforma digital que permitirá o encontro entre interesses, ou seja, pôr em contacto empresas que possam ser cliente-fornecedoras ou distribuidoras. O módulo designa-se de "business match making" por isso ficou como o "tinder" da AICEP.

No início do próximo ano será a abertura da divisão relacionada com o investimento, por forma a ajudar a angariar investimento estrangeiro. Neste módulo estará disponível toda a informação que permitirá ajudar os investidores a escolher a localização dos seus potenciais investimentos, com informação inclusive dos terrenos e espaços físicos disponíveis, ou incentivos.

A plataforma tem, ainda, áreas para o Inov Contacto e estágios, e para uma área interna.

Luís Castro Henriques não esconde que o objetivo é também conseguir arrecadar mais clientes para a AICEP aumentando o universo de potenciais exportadores. Neste momento, a AICEP tem 15 mil clientes, e, segundo o INE, há 23 mil empresas com perfil de exportação. A plataforma permitirá «servir mais clientes sem aumentar os custos», dedicando, também, os gestores para serviços de maior valor acrescentado.

Para já, a AICEP fechou contrato para o desenvolvimento desta plataforma com a Cocoon - os arquitetos -, Tekever - os empreiteiros da casa -, e com a Grand Union, os decoradores.

Fonte: Jornal de Negócios