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Revista TecnoAlimentar

300 compradores internacionais provenientes de 61 países marcaram presença na primeira feira virtual do setor agroalimentar nacional

Cerca de 300 empresas estrangeiras visitaram ao longo dos quatro dias, a primeira edição da Digital Agrifood Summit Portugal, que, em tempos de pandemia, serviu de montra ao setor agroalimentar português. Estes compradores internacionais foram provenientes de 61 países, com destaque para Espanha (72), México (34), Canadá (29), Alemanha (28), Estados Unidos (27), Reino Unido (26) e Japão (25).

Digital Agrifood Summit Portugal

Durante os quatro dias que o evento durou, a plataforma online onde decorreu registou quase 700 registos, dos quais cerca de 2/3 pertencentes a visitantes internacionais.

A organização deste certame, a cargo do consórcio Portuguese Agrofood Cluster, no qual participam a PortugalFoods, o Inovcluster, o Agrocluster e a Portugal Fresh, em parceria com a ViniPortugal, faz um balanço muito positivo de evento, auscultadas as 74 empresas expositoras nacionais, de diversas fileiras do setor – do azeite às frutas e legumes; do vinho às conservas de peixe; dos snacks à padaria e pastelaria; entre muitas outras. 

Amândio Santos, presidente da PortugalFoods e responsável pelo consórcio Portuguese Agrofood Cluster, afirma que «foi feito um balanço claramente positivo por grande parte das participantes, que, em alguns casos, relatam resultados acima das expetativas. Os expositores foram ativamente contactados pelos visitantes para agendamentos de reuniões de trabalho, sendo que algumas empresas registaram uma ocupação quase total da agenda durante os quatro dias da feira. Por outro lado, o trabalho de angariação de compradores internacionais, feito em conjunto pelos canais diplomáticos nacionais e por uma empresa de consultoria internacional, foi muito apreciado, havendo uma clara sintonia entre a procura e a oferta. Não podíamos estar mais satisfeitos com os resultados».

Se é certo que a presença física nos mercados internacionais é crucial para um setor que necessita de ser degustado, a verdade é que este evento demonstrou a capacidade do digital para identificar potenciais clientes, de forma muito ágil e prática. Fator que, associado aos menores custos de participação e de logística, à ausência de deslocações e à flexibilidade de horários, tornam estas feiras virtuais em importantes instrumentos de promoção externa.

A plataforma digital onde decorreu a feira registou centenas de reuniões agendadas, através de uma aplicação própria de videoconferência, sendo que há relatos de encontros B2B que ocorreram de forma informal noutros canais digitais de interação. A página de networking e o chat foram igualmente importantes ferramentas de comunicação entre expositores e visitantes, sendo um ponto de partida para o agendamento de encontros de negócios.

Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, parceiro da Digital Agrifood Summit Portugal 2021, refere que «numa situação de quase total ausência de ações de promoção externas presenciais, a primeira edição da Digital Agrifood Summit foi, antes de mais, uma prova clara da dinâmica do setor agroalimentar nacional, que demonstrou que as empresas estão preparadas para o desafio da digitalização e que estes novos canais, mesmo no futuro pós-pandemia, poderão assumir um papel preponderante como ferramenta de apoio às ações de promoção e internacionalização do setor».

Num momento particularmente difícil para a economia nacional, o setor agroalimentar nacional demonstra a sua resiliência e o seu contributo fundamental para a economia nacional, tendo a expectativa de, em 2020, manter os valores de exportação registados no ano anterior, quando chegaram a 6,26 mil milhões de euros (dados da PortugalFoods).

A plataforma vai continuar online até 20 de fevereiro para os utilizadores registados no evento, podendo ser utilizada para agendamento de reuniões de follow-up e visita aos stands virtuais, tendo os compradores acesso à informação das empresas e dos seus produtos.  

A Digital Agrifood Summit Portugal 2021 conta com o apoio da Secretaria de Estado da Internacionalização e do Ministério da Agricultura, da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e da FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares. Regressa em 2022.