Mercado europeu: frutas e vegetais afetados pelas condições climatéricas

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Um relatório da Comissão Europeia sobre os mercados agrícolas da União aponta um cenário geral de resiliência, com uma produção crescente de cereais, uma acentuada recuperação da produção de azeite, estabilidade no setor do leite e boas perspectivas nas aves. Já as frutas e vegetais mostram assimetrias por causa das condições climatéricas adversas. Açúcar e vinho em tendência decrescente
Tudo isto acontece num cenário de conflito e tensão geopolítica, e com o crescimento da União Europeia revisto em baixa face a previsões anteriores - 1,1 % em 2025 e 1,5 % em 2026. A inflação nos produtos alimentares da UE continua a ser superior à inflação geral, ainda que em certas categorias de produtos haja estabilidade ou até deflação.
A produção de cereais em 2025/2026 deve aumentar em 4,1%, prevendo-se um aumento de 12 % na produção de sementes oleaginosas que se refletirá num aumento de 6 % na produção de óleo vegetal.
Quanto ao azeite, os preços baixaram em junho de 2025, na sequência de um aumento de 37 % na produção. O mesmo não se pode dizer do vinho, que viu a sua produção decair.
As condições climatéricas adversas podem também levar a um declínio na produção de maçã em 4 %, mantendo os preços elevados, enquanto a produção de pêssegos e nectarinas pode cair 5,8%, levando a um record de importações. As condições climatéricas mostram-se favoráveis à produção de laranja, que deverá aumentar em 4,6%. Já a produção de tomate deve declinar em 2,6 %.
Já no leite, o mercado deve manter-se estável, ainda que possa haver variações entre os países e seja necessário contar com possíveis surtos de doença entre os animais. A produção de aves deve aumentar em 1,8 %.
Importa salientar que este relatório é anterior ao acordo entre Estados Unidos e União Europeia. Apesar de “alguns produtos agrícolas” estarem excluídos das tarifas, ainda não há informação mais detalhada sobre os produtos abrangidos.
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