Aumenta volume de atum com selo de pesca sustentável

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O volume de atum vendido com o Selo Azul do Marine Stewardship Council (MSC) cresceu 24% em relação ao ano anterior, atingindo quase 300 000 toneladas em 2024-2025, segundo os novos dados divulgados pelo MSC na edição mais recente do seu Relatório Anual do Atum Sustentável
Em comunicado, o MSC explica que os dados abrangem as vendas de atum fresco e congelado, incluído em refeições prontas ou em alimentos para animais de estimação, bem como atum enlatado ou em conserva.
Ao longo do último ano, várias pescarias de atum obtiveram certificação como ambientalmente sustentáveis. Entre elas, destacam-se a Kyowa-Meiho – a primeira pescaria japonesa de atum com redes de cerco com retenida a obter a certificação –, o atum-rabilho australiano e a pescaria de atum do Atlântico ao largo do Senegal.
“As vendas de atum com rótulo ecológico têm vindo a crescer nos últimos anos e não dão sinais de abrandar. É encorajador ver os progressos alcançados pelas pescarias de atum em todo o mundo para responder a esta procura por parte dos retalhistas e consumidores, o que, por sua vez, está a impulsionar melhorias no mar”, contextualiza Laura Rodríguez, diretora de estratégias de espécies do MSC, citada no comunicado.
Os atuns são migratórios, pelo que as unidades populacionais podem ser partilhadas por vários países, que têm de chegar a acordo sobre as medidas de gestão necessárias para garantir uma pesca sustentável.
O caso português
O mercado português de atum com certificação do MSC mantém-se estável nas 325 toneladas, distribuídas, principalmente, entre conservas (39,8 %) e produtos congelados (36,2 %). Atualmente, 19 empresas portuguesas possuem certificação da Cadeia de Custódia para o atum, tendo estas comercializado 1155 toneladas de produto em 2023/24. Neste mesmo período registavam-se 21 variedades de produto com o Selo Azul no mercado nacional. O Aldi, o Continente, o Lidl, o Ikea e o E.Leclerc são os cinco retalhistas com maior volume vendido de atum com certificação MSC, refere o comunicado da organização. No mercado da exportação, prevê-se que entre abril de 2024 e março de 2025 as empresas portuguesas que exportam atum com certificação MSC atinjam um impacto de 10 milhões de euros em valor.
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