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Revista TecnoAlimentar

Inovação alimentar com recursos marinhos: casos de estudo

Por: Filipa R. Pinto, Joaquina Pinheiro, Rui Ganhão, Maria Manuel Gil

Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (MARE/ARNET), Politécnico de Leiria

RESUMO

Atualmente uma das preocupações crescentes é a gestão adequada de recursos do planeta Terra, pois a população continua a crescer e a exigir mais recursos, produtos e serviços. Apesar de os oceanos terem uma riqueza de recursos significativa é importante a sua adequada gestão para que não exista o desequilíbrio de ecossistemas e consequentemente a perda de sustentabilidade. Estudos anteriores têm demonstrado não só o potencial de diferentes compostos naturais provenientes de recursos marinhos, mas também o valor de diferentes espécies pouco exploradas ou simplesmente desvalorizadas. Neste sentido, os investigadores do MARE-Politécnico de Leiria têm desenvolvido diferentes projetos que surgem como estratégias de apoio à gestão adequada destes recursos. Neste artigo apresentam-se dois casos de estudo de desenvolvimento de produtos alimentares inovadores utilizando recursos marinhos de elevado potencial nutricional.

INTRODUÇÃO

O MARE-Politécnico de Leiria, centro de investigação das Ciências do Mar e do Ambiente é uma unidade de I&D classificada como excelente na área das Ciências do Mar pela Fundação para a Ciência e Tecnologia com o centro da investigação nas áreas da Biotecnologia dos Recursos Marinhos, Biologia Marinha e Aquicultura. A forte componente de investigação e desenvolvimento, permite o impulso da inovação e potencia a transferência de conhecimento para as empresas, uma característica profundamente enraizada no ADN do MARE-Politécnico de Leiria. Esta vocação associada à missão de sensibilizar para a sustentabilidade e comunicar a ciência e o conhecimento no domínio dos ambientes e recursos marinhos permite a criação de pontes do mar para a sociedade.

Consciente do desafio face ao crescimento da população mundial com previsão de 8,5 mil milhões em 2030, as preocupações têm vindo a crescer devido principalmente à limitação de terrenos agrícolas, à disponibilidade de água, às alterações climáticas e à garantia da segurança alimentar para todos. De forma a proporcionar uma ação global e alcançar a prosperidade do Planeta e das Pessoas, as Nações Unidas adotaram os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) delineados na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Um dos objetivos a alcançar é a conservação e utilização sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável (Vida debaixo de água) e a melhoria da saúde (Boa Saúde e Bem-Estar), trabalhando em conjunto para a preservação dos oceanos e promoção da saúde. Na verdade, o ambiente marinho oferece recursos valiosos e ricos, como alimentos e ingredientes bioativos de origem marinha, que contribuem com sucesso para a nutrição humana e o bem-estar da sociedade. Estudos anteriores têm demonstrado não só o potencial de diferentes compostos naturais provenientes de recursos marinhos, mas também o valor de diferentes espécies pouco exploradas ou simplesmente desvalorizadas.

Artigo publicado na edição n.º 37 da Revista TecnoAlimentar.

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