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Revista TecnoAlimentar

FoodDrinkEurope publica "roteiro para a descarbonização", para apoiar a indústria agroalimentar

A FoodDrinkEurope publicou, recentemente, um roteiro para apoiar a indústria agroalimentar em toda a União Europeia a contribuir para que seja alcançado o objetivo de zero emissões líquidas de gases com efeito de estufa até 2050. O documento foi desenvolvido em parceria com a consultora Ricardo.

FoodDrinkEurope

Em comunicado, o autor principal deste documento, Alfredo Lopez Carretero, resumiu as conclusões e explicou que “as empresas devem começar por estabelecer uma linha de base de emissões e selecionar uma ferramenta que as oriente no seu processo de tomada de decisões”.

Dando exemplos, afirmou que "a maioria das fábricas terá de tomar medidas de descarbonização relacionadas tanto com a procura como com a oferta de energia e este roteiro fornece informações sobre mais de 90 medidas para o fazer”.

Entre as conclusões, alertou ainda que “observamos também barreiras que devem ser ultrapassadas. Por exemplo, um ambiente político instável não ajuda as empresas a trabalhar em investimentos a longo prazo. O custo das infraestruturas para permitir reduções de carbono pode muitas vezes ser proibitivo, especialmente para as pequenas e médias empresas. Além disso, muitas das tecnologias necessárias para atingir o zero líquido são pouco maduras e ainda não são economicamente viáveis”.

Já a Diretora para a Sustentabilidade Ambiental da FoodDrinkEurope, Laura Degallaix, sublinhou que "iremos agora trabalhar com os nossos membros para traduzir este relatório em ações no terreno e desenvolver os muitos compromissos climáticos já assumidos pela indústria. Será especialmente importante trabalhar com os decisores políticos da UE e nacionais para desenvolver um ambiente favorável, incluindo mecanismos de apoio financeiro que serão vitais para as PME".

De acordo com os dados da FoodDrinkEurope, a produção de alimentos da exploração agrícola para a indústria representa 30% das emissões totais de carbono dentro da UE, sendo o processo de fabrico responsável por 11% desta quota, ou 3% do total.

A descarbonização do setor de produção alimentar pode, portanto, dar uma contribuição significativa para o objetivo de neutralidade de carbono na UE.