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Revista TecnoAlimentar

UTAD tem Patente para Produção Industrial de Caramelos e Rebuçados

rebuadodareguaxa1A ideia surgiu por “necessidade de mercado”, diz Amadeu Borges, docente e investigador da Escola de Ciência e Tecnologia (ECT) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e autor do projeto. A tradição dos rebuçados da régua está nas “mãos” de cerca de uma dezena rebuçadeiras, que confecionam e vendem este doce típico, e que tem muita procura por turistas nacionais e estrangeiros.
Mas a procura deste doce tão característico está a “braços com a falta de recursos humanos que o produzam”. São poucos os seguidores desta “arte”. A razão deve-se ao facto de o “processo de corte e forma dos rebuçados da Régua ser muito doloroso já que a massa é trabalhada a altas temperaturas”, diz Amadeu Borges.
“Não deixar morrer os Rebuçados da Régua, manter a tradição, a qualidade e a forma original” é o objetivo, por isso o investigador projetou e patenteou esta invenção. O equipamento industrial “irá permitir a produção a larga escala, evitando o doloroso processo manual de corte e forma”, permitindo a “continuação no mercado de um produto regional com muita procura, não só em Portugal, mas também no Brasil, Macau e em outros países orientais, o que obriga a uma cada vez maior oferta deste produto”. E, acrescenta “este é um produto gourmet que tem sido aliado à degustação de vinho do porto o que também tem contribuído para a sua expansão no mercado da Europa do Norte”.
E a tradição? Amadeu Borges esclarece que a mecanização do processo é apenas ao “nível do corte e forma”. A “massa de rebuçado continuará a ser confecionada de forma tradicional”. Assim, o “produto final mantém a forma e sabor, tal como é conhecido no mercado”.
Apesar de a invenção ter como ponto de partida os rebuçados da Régua, este equipamento pode ser aplicado a qualquer tipo de caramelo ou rebuçado, já que é constituído por diversas partes que conferem “transversalidade na sua utilização”. A UTAD é detentora da propriedade Industrial, mas a comercialização do equipamento pode ser concedida mediante contrato de licenciamento, com royalties para a Universidade.
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