«Vem aí uma guerra de preços na distribuição»
O presidente da Centromarca antecipa que o setor vai «operar num cenário de crise», que vai provocar uma «guerra de preços na distribuição» e que terá consequências para os fornecedores.
O presidente da Centromarca, a Associação Portuguesa de Produtos de Marca, não tem dúvidas de que a situação financeira das famílias se vai agravar nos próximos meses, pelo que antecipa que o setor vai «operar num cenário de crise», que vai provocar uma “guerra de preços na distribuição, entre os supermercados”, diz em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago).
«É um facto que vamos operar num cenário de crise. O bolo total será mais pequeno, e haverá uma maior luta pelas fatias. Ou seja, antecipamos que vem aí uma guerra de preços na distribuição, entre os supermercados», aponta Nuno Fernandes Thomaz, explicando que nesse contexto «o preço vai ser o topo da prioridade e das estratégias comerciais e de comunicação».
Para o responsável esta guerra de preços «vai aumentar a pressão sobre os fornecedores», nomeadamente nas margens que «vão ficar mais estreitas». «Isto num momento em que os fornecedores já estão a sofrer um fortíssimo inflacionamento das matérias-primas, bem como uma subida no preço das embalagens e nos custos de transporte. Vão levar pancada por todos os lados», antecipa o presidente da Centromarca, ao mesmo jornal. Apesar de admitir que algumas empresas já estão a fazer cortes devido à crise provada pela pandemia, Nuno Fernandes Thomas assegura que os cortes ainda não começaram a ser sentidos nos 60 associados desta associação.
FONTE: ECO Economia Online