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Revista TecnoAlimentar

Uniqueijo está a reduzir problema de escoamento do queijo São Jorge

A Uniqueijo - União de Cooperativas Agrícolas de Laticínios de São Jorge, nos Açores, reforçou a venda de queijo e espera resolver em breve o problema de escoamento, afirmou à Lusa o seu presidente, António Aguiar.

queijo

«As encomendas desde o início de setembro têm vindo a aumentar e ainda vão aumentar mais. Até ao final do ano, temos já acertada a saída de quatro contentores por semana só para Lisboa, o que vai fazer com que o número de queijos em 'stock' vá diminuir», revelou António Aguiar, sem precisar quantidades.

Desde 2016 que as cooperativas de São Jorge, ilha onde hoje o Governo Regional inicia uma visita estatutária, lidam com dificuldades de escoamento do produto, tendo chegado a ter mais de 1.000 toneladas de queijo em armazém.

Uma das cooperativas de São Jorge, a Finisterra, chegou mesmo a impor limitações na entrega de leite, devido às dificuldades de escoamento de queijo, mas António Aguiar, que é também presidente desta cooperativa, admitiu levar à assembleia de sócios a possibilidade de reverter a situação.

A Lactaçores, que comercializa produtos de várias cooperativas dos Açores, vai lançar no final deste ano uma campanha de promoção do queijo São Jorge no mercado nacional, o que para António Aguiar poderá ser um contributo importante para resolver o problema de escoamento do produto.

«Passámos aqui um ano e meio bastante complicado, mas as coisas começam agora a ter outro andamento», declarou, acreditando que esta campanha «vai também alavancar as vendas», pois «há muita gente que não conhece o queijo São Jorge, só conhece o queijo ilha».

A campanha, que vai promover o queijo São Jorge com Denominação de Origem Protegida (DOP), deverá arrancar em dezembro, coincidindo com a época de Natal, em que se regista um maior consumo.

O tratado comercial entre a União Europeia e o Canadá (CETA) poderá também representar uma oportunidade para a Uniqueijo.

«Aquele mercado podia consumir o dobro do queijo que enviamos, não o consegue fazer por limitação de quotas», frisou o presidente da união de cooperativas, acrescentando que há também contactos com o Estados Unidos e vários países da Europa.

Fonte: Lusa