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Revista TecnoAlimentar

Transformação digital e tecnologia blockchain na segurança alimentar

Texto de: Rui Pedro Lima Engenheiro Alimentar

Mestre em Empreendedorismo e Inovação na Indústria Alimentar Especialista em Indústrias Alimentares

A globalização e o acesso à informação fazem com que a consciência social relativamente a todos os assuntos seja hoje muito maior. Normalmente os interesses pelos diferentes temas vão crescendo consoante o impacto que estes têm na sociedade, associados à relevância que os vários órgãos de comunicação social lhes dão.

Relativamente ao tema segurança alimentar, a comunicação social, embora muitas vezes confunda conceitos, vai abordando o assunto. Desde vestígios de carne de cavalo em hambúrguer (fraude alimentar) a vegetais contaminados (segurança alimentar), passando por algumas toxinfeções alimentares, a comunicação social com a opinião pública a reboque, engloba todos estes temas no grande chapéu “segurança alimentar”.

As preocupações da indústria vão para além destes conceitos, tanto para dar cumprimento à legislação vigente como para garantir a qualidade do seu ativo mais valioso (próprio produto). A rastreabilidade é dos pontos mais relevantes a ter em consideração.

Sabendo que estamos em plena revolução industrial pela quarta vez na história moderna (Indústria 4.0), o conceito da rastreabilidade 4.0 é a consequência normal e esperada da evolução no que respeita à segurança alimentar.

A indústria alimentar sempre soube introduzir e criar as devidas sinergias de modo a evoluir sustentavelmente, quer na primeira revolução industrial, que ficou conhecida pela introdução do vapor (indústria 1.0), quer na segunda revolução industrial (indústria 2.0), onde foi introduzida a energia elétrica, quer ainda na terceira revolução industrial (indústria 3.0), aquando do início da utilização de processos com base computacional programável por memória.

Assim, o mais recente aparecimento de tecnologias como “Internet das coisas” (Internet-of-things – IoT), dos sensores, dos sistemas baseados na inteligência artificial, dos sistemas em nuvem e o blockchain vieram colocar a Indústria 4.0 com vertentes tão distantes que conseguem aproximar as aplicações necessárias ao que vai sendo exigido pela indústria e solicitado pelo mercado.

Continue a ler este artigo na Tecnoalimentar nr.33.