The Equal Food Co. vence programa de aceleração para negócios de sustentabilidade "RISE for Impact"
A startup The Equal Food Co., que opera em Portugal e que entrega em casa cabazes de legumes e frutas que, de outra forma, acabariam no lixo, é a vencedora da segunda edição do "RISE for Impact" da Casa do Impacto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o programa de aceleração que todos os anos premeia as soluções mais inovadoras ligadas aos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável.
O prémio de três mil euros e a incubação na Casa do Impacto «vai permitir à Equal Food continuar a desenvolver o seu serviço e preparar a expansão para outras cidades e comunidades», explica Alberto Mojtar, CEO e cofundador do projeto.
Em segundo lugar, vencedora de um prémio de dois mil euros, ficou a Ambigular, que desenvolve oficinas de Storytelling com comunidades marginalizadas, que resultam em eventos públicos, revistas e livros impressos e digitais, vídeos e exposições. Nessas oficinas, os participantes treinam e desenvolvem competências úteis, como a comunicação, falar em público, auto-confiança e habilidades criativas. A Matter, uma CleanTech que oferece soluções premium e de valor acrescentado, de design e arquitetura, através da utilização de subprodutos e resíduos orgânicos, numa lógica de economia circular foi merecedora do terceiro prémio, no valor de mil euros. Todos os finalistas têm direito a incubação gratuita na Casa do Impacto, hub de empreendedorismo e inovação social, durante um ano.
Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto comenta que «aos poucos a inovação ambiental e social está a acontecer, mas incentivos como o RISE for Impact, que promove o desenvolvimento dos negócios e capacita os empreendedores, apoia no desenho dos serviços/produtos, colocando-os em contacto com mentores, investidores e potenciais clientes, ajuda a catapultar e a acelerar esta transformação que é tão precisa. A Equal Food Co. fez um percurso ao longo dos meses do programa que mereceu maior destaque por parte do Júri da Casa do Impacto, mas os três finalistas são sem dúvida exemplos de soluções capazes e necessárias no mercado. Estamos muito satisfeitos com a evolução destes projetos, vamos continuar a acompanhá-los e apoiá-los para que continuem a crescer».
«O RISE for Impact foi uma oportunidade fantásticas para repensarmos algumas estratégias core e objetivos. Com o apoio da Casa do Impacto, das sessões de capacitação e mentoria, fomos capazes de ultrapassar este período, fazer a transição, dar passos claros para crescer e abraçar novos desafios», explica Alberto Mojtar da Equal Food.
Os três projetos estavam a participar no RISE for Impact desde setembro de 2020, e de um universo de 103 projetos candidatos foram selecionados em três fases, tendo passado pelo bootcamp, pela aceleração e incubação, culminando numa sessão de pitch, que decidiu o vencedor desta edição. Estiveram no painel de jurados Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, João Duarte, cofundador e diretor executivo da Impulso, João Machado, Presidente do Concelho de Administração da Fundação AGEAS, João Magalhães, cofundador e CEO da <Academia de Código_> e ubbu e Mariana Duarte Silva, fundadora da Skoola.Casa do Impacto quer atrair mais talento para a sustentabilidade e inovação social
As candidaturas para a terceira edição do RISE for Impact estão abertas no site da Casa do Impacto. Para dar a conhecer o programa e atrair novos talentos, o hub está a dinamizar um roadshow digital com seis pit stops nacionais, passando por várias regiões do país, e três internacionais. Vai culminar num Demo Day, a acontecer em Setembro - um evento de promoção e showcase das startups da Comunidade de Impacto. Os próximos eventos são:
- 18 de maio, às 15h00: “Empreendedorismo de Impacto dos dois lados do Atlântico”, com a Impact Hub São Paulo.
- 20 de maio, às 10h00: “Being the head of a startup solving the problems that matter”, com a Social Nest Foundation e a 55+.
- Dia 25 de maio, às 11h00: “Why startups are relocating to Lisbon”, com London School of Economics e Made of Lisboa.
A terceira edição terá início em outubro e é composta por três fases: depois de avaliadas as candidaturas, dá-se início à primeira etapa - o bootcamp intensivo de um fim-de-semana, com os 30 projetos selecionados. No final apenas dez transitam para a fase seguinte, a aceleração, onde se pretende potenciar os modelos de negócio e a sustentabilidade dos projetos. Os dez finalistas receberão uma bolsa mensal de 691,70 euros, formação, acesso a workshops, masterclasses e mentoria. Depois de uma sessão de pitch, a acontecer em dezembro, são selecionados os três projetos promissores que receberão um prémio de 1,500 euros pela passagem à fase seguinte - juntamente com um pacote de mentoria, horas de acompanhamento dedicadas, acesso ao espaço de incubação -, que se estenderá durante os quatro meses seguintes até ao final do programa. O culminar é uma sessão final de pitch, em abril de 2022, onde o pódio ficará decidido e é atribuído um prémio de três mil euros para o primeiro classificado, dois mil euros para o segundo e mil euros para o terceiro.